Associação Académica de Coimbra apela ao ministro da Educação, Ciência e Inovação para que reflita sobre o que considera ser um cenário negativo para o ensino superior nacional.
A primeira fase do concurso nacional de acesso ao ensino superior "nada teve de habitual", tendo-se registado uma "quebra acentuada e alarmante no volume de colocados", vincou esta segunda-feira a Associação Académica de Coimbra (AAC).
Em comunicado enviado à agência Lusa, a direção-geral da mais antiga associação académica do país notou que a redução do volume de estudantes colocados face a 2024 é de aproximadamente 12,1% e que o número de vagas por preencher "mais do que duplicou" face ao período homólogo do ano passado, situando-se em 11.153, um aumento de 130,4%, disse.
"Os dados disponibilizados pela Direção-Geral do Ensino Superior acabam por revelar que o número de colocados (43.899 estudantes) não era tão baixo desde 2016 (42.958 alunos), acusando uma evidente desaceleração e estagnação do ensino superior português no seu capital humano", alega a AAC. Os números, enfatizou a Associação Académica de Coimbra, confirmam "um ensino superior pouco atrativo, estagnado e incomportável para as famílias portuguesas".
No entanto, para a AAC, este "desfecho infeliz" da primeira fase do concurso nacional de acesso ao ensino superior não foi uma surpresa.
"Há muito que alertávamos para as graves insuficiências na vida dos estudantes, nomeadamente no que diz respeito à ação social, com os preços médios da habitação a disparar uma vez mais, acompanhados pelo evidente aumento do custo de vida, num conjunto de outros domínios do quotidiano como a alimentação e a mobilidade, tornando-se impossível de negar a incapacidade de se proporcionar aos nossos estudantes as necessidades básicas para o seu sucesso académico", observa, no comunicado, a associação estudantil.
Por outro lado, "a desafiante conjuntura socioeconómica, associada a um processo de candidatura desajustado e impraticável", entre outros motivos, desencadearam "o cenário alarmante e negativo" agora testemunhado.
Face ao sucedido, a AAC apela ao ministro da Educação, Ciência e Inovação, Fernando Alexandre, bem como a todos os atores político-partidários e à sociedade civil, para que refletiam sobre o que considera ser um cenário negativo para o ensino superior nacional.
A AAC exortou ainda os destinatários do apelo a procurarem soluções concretas e eficazes para o sistema educativo português. "Chegou o momento de, efetivamente, todos os jovens terem direito a estudar e a um futuro de sucesso em Portugal", sublinhou a Académica de Coimbra.
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