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Projetos para descarbonização da aviação com apoio de programa europeu até 15 milhões de euros

ANI indicou que este apoio está previsto num memorando de cooperação que vai ser assinado entre Portugal e a Clean Aviation Joint Undertaking.

18 de setembro de 2025 às 19:38

Projetos nacionais orientados para a descarbonização da aviação e o reforço da cadeia de valor nacional vão ser apoiados por um programa europeu, com um total de até 15 milhões de euros até 2027, foi anunciado esta quinta-feira.

Em comunicado, a Agência Nacional de Inovação (ANI) indicou que este apoio está previsto num memorando de cooperação que vai ser assinado, na sexta-feira, em Évora, entre Portugal e a Clean Aviation Joint Undertaking (CAJU), no âmbito do Programa de Investigação & Inovação Horizonte Europa.

O evento onde será assinado o memorando é promovido pela ANI e pela Autoridade Nacional da Aviação Civil (ANAC), em colaboração com a CAJU, um programa europeu de investigação e inovação dedicado a transformar a aviação rumo a um futuro sustentável e neutro em carbono.

Dedicada à aviação sustentável, a iniciativa reunirá decisores políticos, representantes de instituições europeias, 'clusters' tecnológicos e empresas do setor, com vista a reforçar "o papel de Portugal no esforço coletivo para uma aviação mais limpa e competitiva, em linha com o Pacto Ecológico Europeu".

"O memorando estabelece um roteiro tecnológico conjunto, desenvolvido com os atores do ecossistema, nomeadamente o Cluster AED [Aeronáutica, Espaço e Defesa], com foco na identificação de áreas estratégicas de investigação e inovação", realçou a ANI.

Segundo esta agência governamental, está prevista "a mobilização de até 15 milhões de euros até 2027", os quais se destinam "a apoiar projetos nacionais orientados para a descarbonização da aviação e para o reforço da cadeia de valor nacional".

"Um exemplo da capacidade instalada neste setor é a [empresa aeronáutica] Aernnova, cujas instalações em Évora serão neste dia visitadas, sublinhando o papel estratégico da região no desenvolvimento da indústria aeronáutica em Portugal", acrescentou.

Citado no comunicado, o presidente da ANI, António Grilo, destacou que o memorando "representa um passo decisivo na consolidação da ligação entre ciência, inovação e os grandes desafios da transição climática".

"Portugal dispõe de capacidades tecnológicas para contribuir para uma aviação mais sustentável e competitiva, alinhada com os objetivos de neutralidade carbónica da União Europeia", sublinhou o responsável.

Também citada no documento, a presidente do conselho de administração da ANAC, Ana Vieira da Mata, considerou que "o roteiro tecnológico conjunto apresentado define o objetivo estratégico" da cooperação.

Ou seja, frisou a responsável, "acelerar a demonstração de tecnologias e conceitos de aeronaves de baixas emissões, de forma que estas inovações possam ser integradas em aeronaves existentes e de nova geração a partir de 2035".

Já o diretor executivo da CAJU, Axel Krein, salientou que a parceria deste programa europeu com Portugal "desempenha um papel crucial no esforço para desenvolver tecnologias disruptivas de aviação de baixas emissões, com entrada em operação em novas aeronaves a partir de 2035".

"Ao unirmos forças na Europa, conseguimos acelerar a transição para uma aviação sustentável e reforçar a nossa competitividade. O objetivo é claro: juntar as melhores mentes da Europa, combinar recursos e inovar para tornar a aeronáutica sustentável uma realidade. Estou ansioso por ver os resultados", acrescentou.

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