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Provas ModA obrigam a fecho parcial de escolas

Cerca de 200 mil alunos realizam estas provas em computador até dia 6 de junho.

20 de maio de 2025 às 01:30

As novas provas ModA do 4.º e 6.º anos, que substituem as provas de aferição, arrancaram esta segunda-feira em formato digital e vão obrigar ao encerramento parcial de escolas. Os diretores avisam que terão de dispensar das aulas as turmas dos outros anos de escolaridade, porque é preciso salas para as provas dos alunos com necessidades específicas.

"Na minha escola começamos sexta-feira de manhã, com as provas de Português do 6.º ano, pelo que o 5.º, 7.º e 8.º anos não terão aulas nesse dia. Queremos manter as aulas do 9.º ano porque vão ter prova final", disse ao CM Filinto Lima, diretor do Agrupamento D. Pedro I, em Vila Nova de Gaia.

"Nas duas semanas seguintes repete-se a situação para as provas de História e Geografia de Portugal, na quinta-feira, dia 29, e Matemática e Ciências Naturais, na terça-feira, 3 de junho", afirmou o também diretor da Associação Nacional de Diretores de Agrupamentos e Escolas Públicas, sublinhando que "escolas mais pequenas e com muitas turmas estão mais condicionadas".

Há também greve de professores, a todo o serviço das provas, marcadas por Fenprof e STOP: "É outro constrangimento. A prova pode não se realizar em algumas escolas, conforme o grau de adesão, mas penso que não será muito alta", disse Filinto Lima.

As provas são feitas em computador, tal como sucedeu com as de aferição o ano passado, e o diretor acredita que estão reunidas as condições necessárias.

O ministério revelou que atribuiu aos 809 agrupamentos escolares e escolas não agrupadas 15,4 milhões de euros para aquisição ou reparação de computadores, tendo as escolas utilizado apenas 8,32 milhões.

A tutela garante que há 96 550 computadores disponíveis para distribuir entre professores e alunos para se realizarem as referidas provas, 65.866 dos quais já foram utilizados e devolvidos para poderem ser distribuídos novamente.

Os resultados das provas ModA não têm implicações na classificação interna, na aprovação nas disciplinas e na transição de ano. Segundo o ministério, permitirão "acompanhar a evolução dos resultados no Ensino Básico anualmente" e poderão contribuir para "a definição de abordagens pedagógicas mais ajustadas às necessidades individuais de cada aluno, assim como para disponibilização de informação a nível nacional, regional, concelhio e de escola".

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