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Ministro em causa por proximidade à presidente da Raríssimas

Ata da associação, suspensa por Organização Europeia, compromete Vieira da Silva.

15 de dezembro de 2017 às 01:30

A proximidade pessoal entre Vieira da Silva e Paula Brito e Costa, ex-presidente da Raríssimas, poderá ter inibido o ministro do Trabalho e da Segurança Social de atuar de forma mais célere e rigorosa na fiscalização da alegada gestão danosa naquela associação.

Na reunião da assembleia geral da Raríssimas a 25 de novembro de 2015, na véspera da tomada de posse do Governo de António Costa, Paula Brito e Costa manifestou "um enorme orgulho" por Vieira da Silva ser de novo nomeado para ministro da Segurança Social. E Vieira da Silva manifestou "a sua disponibilidade para continuar a acompanhar o percurso desta coisa rara que é a Raríssimas".

A queixa do ex-tesoureiro da Raríssimas Jorge Nunes esteve quatro meses nos serviços da Segurança Social. Vieira da Silva diz que só foi informado das alegadas irregularidades em outubro passado, mas desde 31 de julho que, alegadamente, o Instituto da Segurança Social estaria a averiguar a situação. À TVI, Jorge Nunes disse também que estranhou o silêncio do ministro, do qual Paula Brito e Costa será "muito amiga".

O CM questionou o Ministério da Segurança Social, mas até ao fecho desta edição não obteve resposta. À saída da conferência ‘Pilar Europeu dos Direitos Sociais’, em Lisboa, o ministro disse estar "absolutamente tranquilo" com o seu comportamento e com a atuação do Ministério no processo da Raríssimas. Prometeu explicações para segunda-feira, no Parlamento. 

EURORDIS suspende Raríssimas

A Organização Europeia de Doenças Raras (EURORDIS) suspendeu a Raríssimas. A informação está a ser avançada pela TVI24 que cita um comunicado da EURORDIS. O comunicado da EURORDIS refere que a direção decidiu "suspender imediatamente a adesão da Raríssimas e FEDRA" enquanto decorrem as investigações.

Paula Brito e Costa fica como diretora e só sai se lhe pagarem 

Maria Cavaco Silva afasta possibilidade de ser presidente e revela preocupação 

"Estou muito espantada, estou muito preocupada. Espantada porque não esperava e preocupada porque não podemos prescindir dos serviços que a Raríssimas tenta prestar às pessoas. Todos sabemos que funciona bem, não podemos prescindir disso", disse. Maria Cavaco Silva afasta a possibilidade de vir a liderar a associação. "Terá de ser uma pessoa com competência técnica", referiu. 

Inspeção Geral na Casa dos Marcos 

A inspeção visa avaliar se houve ou não má gestão das verbas.

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