PSD tinha exigido ouvir Vieira da Silva na Assembleia da República sobre a Raríssimas.
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O ministro Vieira da Silva vai ser ouvido no Parlamento sobre o caso da associão Raríssimas esta segunda-feira, avança esta quinta-feira a TSF. A audição responde à exigência do PSD que exigiu que o ministro fosse à Assembleia da República esclarecer o caso.
O PSD exigiu esta quinta-feira que o ministro Vieira da Silva dê explicações no parlamento sobre o caso Raríssimas até sexta-feira, considerando que o Governo "não pode ir de fim de semana" sob "este manto de suspeição".
Em declarações aos jornalistas na Assembleia da República, o líder parlamentar do PSD, Hugo Soares, anunciou que já pediu ao presidente da Comissão de Trabalho que a audição do ministro do Trabalho, da Solidariedade e da Segurança Social, aprovada na quarta-feira, seja marcada "com caráter de urgência" ainda para esta semana.
"O Governo não deve ir de fim de semana deixando este manto de suspeição avolumar-se", defendeu.
Para o PSD, é "a dignidade das instituições e do próprio Governo" que exige que o ministro Vieira da Silva possa "tão rápido quanto possível" prestar esclarecimentos ao parlamento.
"A situação que envolve uma instituição com um trabalho absolutamente meritório criou uma onda geral de indignação que não pode perpetuar-se sob pena de alastrar a todo o setor social", alertou.
Questionado se pode estar em causa a continuidade de Vieira da Silva no Governo, o líder parlamentar do PSD sublinhou que o partido "nunca pediu a demissão de ministros", considerando que a competência da escolha e manutenção dos membros do executivo compete ao primeiro-ministro, António Costa.
"Mas não me parece muito relevante aquilo que o primeiro-ministro disser hoje sobre a manutenção do ministro Vieira da Silva. Já várias vezes o primeiro-ministro garantiu a confiança política absoluta nos seus ministros e secretários de Estado e no dia seguinte eles saíram", afirmou, considerando que, nesta matéria, a palavra de António Costa "tem muito pouco de honrada".
Sobre o apelo dos trabalhadores da Raríssimas a uma intervenção de António Costa, Hugo Soares salientou que "ainda ninguém ouviu uma palavra do primeiro-ministro" sobre o caso, mas reiterou que, neste momento, é o ministro Vieira da Silva que tem de prestar explicações.
O líder parlamentar do PSD considerou ainda que as notícias que têm vindo a ser publicadas sobre o caso "avolumam as suspeitas sobre a conduta" do ministro do Trabalho.
"Aparentemente, um dia antes de tomar posse, o ministro Vieira da Silva caucionou as contas daquela instituição, aparentemente viajou para a Suécia e participou em cerimónias daquela instituição. Há um conjunto de suspeitas que quem governa não pode deixar que recaiam sobre si", defendeu.
Questionado sobre a auditoria que estará a decorrer na Raríssimas desde 31 de julho, Hugo Soares reiterou que o PSD nada sabia sobre este processo e só dele tomou conhecimento através da deputada do PS Idália Serrão, que na quarta-feira se referiu a ela no plenário da Assembleia da República, em resposta a uma declaração política dos sociais-democratas.
"Já requeremos formalmente essa auditoria para saber quando se iniciou e o que a motivou", afirmou Hugo Soares.
Nuno Melo considera que silêncio do primeiro-ministro é "inqualificável"
"Lamento dizer que Portugal tem um primeiro-ministro absolutamente insensível e impreparado para a função", afirmou Nuno Melo à agência Lusa, em declarações a partir de Estrasburgo.
O eurodeputado e 'vice' dos centristas considerou que é "inqualificável" que António Costa ainda não tenha falado sobre a questão da associação Raríssimas, que provocou a demissão do secretário de Estado da Saúde e está a pôr "em causa" o ministro da Segurança Social, Vieira da Silva, e se tenha limitado "a dar sinal de vida para dizer que 2017 foi um ano particularmente saboroso, ignorando mais de 110 mortos em incêndios que foram trágicos".
Para o vice-presidente do CDS-PP, o comportamento do líder do executivo "confirma uma rotina": "Não é normal que cada vez que há uma crise no Governo o primeiro-ministro esteja no estrangeiro".
"Não é normal que já se tenha demitido um secretário de Estado, esteja em causa um ministro e o primeiro-ministro se mantenha calado e ainda não tenha falado ao país sobre isto. Qualquer chefe de Governo faz declarações relevantes de qualquer parte do mundo quando tem de ser", disse.
Portugal, pelo contrário, Portugal "tem um chefe de Governo que escolhe qualquer parte do mundo para estar calado", disse.
O secretário de Estado da Saúde, Manuel Delgado, demitiu-se na terça-feira do Governo, sendo substituído por Rosa Matos Zorrinho, na sequência de uma reportagem transmitida no sábado pela TVI sobre alegadas irregularidades na gestão da Raríssimas - Associação Nacional de Doenças Mentais e Raras, financiada por subsídios do Estado e donativos.
Manuel Delgado foi consultor remunerado da Raríssimas, contratado entre 2013 e 2014, com um vencimento de três mil euros por mês.
O ministro da Segurança Social, que pertenceu à Assembleia-geral da Raríssimas entre 2013 e 2015, anunciou uma ação de inspeção à associação e negou ter tido conhecimento de denúncias de gestão danosa.
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