Doença pode surgir devido a malformações no coração.
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Uma criança recupera muito mais facilmente de um acidente vascular cerebral (AVC) devido à capacidade de adaptação do cérebro. "Imagine um AVC que afeta a área responsável pela linguagem.
Uma pessoa com 40 anos nunca mais vai falar bem. No entanto, numa criança, com dois ou três anos, a área da linguagem ainda não está bem formada. Aquela área ficou estragada? O cérebro resolve e a criança vai falar bem", explica o neuropediatra José Ferreira.
O acidente vascular cerebral acontece quando uma área do cérebro deixa de receber sangue porque uma artéria ficou entupida ou porque rompeu e houve hemorragia. É mais comum nos adultos mas também acontece nas crianças, sobretudo no período perinatal, que vai desde as 20 semanas de gestação até um mês de idade. Ou seja, pode acontecer quando o bebé ainda está no útero.
Segundo o especialista, entre as causas desta doença nas crianças, estão malformações do coração e das artérias, e problemas de coagulação - tendência para o sangue coagular depressa demais. Estes fatores também são válidos nos adultos mas têm menos expressão. No caso dos fetos, o AVC pode ainda dever-se a restos de líquido amniótico ou de placenta que entram na circulação sanguínea e entopem uma artéria.
"Não consegue mexer um braço"
Os médicos acreditam que o AVC terá acontecido durante a última semana de gestação. O menino, agora com cinco anos, ficou com sequelas.
"Não consegue mexer o braço direito, serve só de suporte ao esquerdo. Na perna direita coxeia mas corre e brinca na mesma", diz a mãe.
DISCURSO DIRETO
Mafalda Lucas
Pediatra Hosp. CUF Descobertas, Lisboa
"Convulsão é um dos sintomas" CM - Para que sintomas de AVC, nas crianças, devem os pais estar alerta? Mafalda Lucas -
– Como é que se tratam as sequelas?
– As crianças recuperam na totalidade?
PORMENORES
Risco na vida adulta
Se tiverem uma doença cardíaca ou problemas de coagulação, as crianças que tenham sofrido um AVC têm mais probabilidade de o episódio se repetir na vida adulta. Mas se a causa estiver relacionada com a placenta ou o líquido amniótico, os riscos são os mesmos dos de outro adulto.
Visão não é recuperada
A área da visão não pode ser recuperada, em qualquer idade. O acidente vascular cerebral não costuma acontecer no cérebro todo, nem nos dois lados. Há uma área de visão nos dois hemisférios – se uma delas for destruída, o doente deixa de ver apenas de um lado.
Ecografia deteta problema ainda no útero
"Com o bebé no útero é muito difícil detetar um AVC, a não ser que se veja nas ecografias, que podem detetar uma alteração no cérebro", explica José Ferreira, neuropediatra do Hospital CUF Descobertas, em Lisboa.
Se tiver tido um AVC, quando nasce, são avaliadas as sequelas - pode não conseguir mamar bem, ter dificuldades em tossir e engasgar-se por não controlar os movimentos.
Sinais de alerta aos cinco meses
Anticoagulantes nas viagens de avião
Depois de um AVC, nas viagens de longa distância de avião, são recomendados anticoagulantes, porque podem formar-se trombos.
Líquido injetado para dissolver coágulo
O tratamento depende dos casos, mas pode ser injetada uma substância que vai dissolver o coágulo que entope a artéria.
CONSELHOS PARA O CORAÇÃO
A OMS recomenda como ingestão máxima 5 g de sal por dia, mas segundo os dados do Inquérito Alimentar Nacional e de Atividade Física, verificou-se que os portugueses consomem mais do dobro.
Em excesso, o sal é um fator de risco cardiovascular, e correlaciona-se com patologias como a hipertensão e os AVC. Diminuir o seu consumo diário é uma medida importante que todos deveríamos adotar.
Meça a quantidade de sal que utiliza quando cozinha, utilizando por exemplo 1 colher de café ou chá; utilize ervas aromáticas e especiarias como alternativas para conferir mais sabor aos alimentos; analise os rótulos dos alimentos que vai adquirir e opte pelos que contêm menor teor de sal; diminua a frequência de consumos de alimentos tradicionalmente mais salgados, como conservas, charcutaria, snacks salgados, entre outros; elimine o saleiro da mesa e não se esqueça de que pequenos cuidados poderão fazer a diferença.
PRIMEIROS SOCORROS
Quem atinge
Sinais e sintomas
Cérebro | Alteração da face
Como o cérebro tem várias funções, os sintomas do AVC dependem da área que é afetada. Entre as principais manifestações, que são súbitas, estão a alteração da simetria da face, a falta de força num dos membros e a dificuldade na fala. O doente pode ainda ficar com problemas de visão.
Fatores de risco | Hipertensão arterial
A hipertensão arterial, a diabetes e o tabagismo são alguns dos fatores de risco do acidente vascular cerebral. Também o colesterol, a obesidade e as arritmias cardíacas podem potenciar a doença. Estes fatores são controláveis, ao contrário da idade e de algumas doenças sistémicas, como o lúpus.
Ligue 112 | Deitar de lado
Perante os sintomas de um AVC, ligue de imediato para o 112. O doente deve estar confortável e ser deitado de lado, uma vez que as pessoas inconscientes não conseguem defender-se no caso de vomitarem.
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