A edição de hoje
Portugal está representado na rede por Barcelos e Braga.
A Rede Europeia de Saúde Mental foi esta quinta-feira constituída oficialmente em Barcelos, distrito de Braga, integrando, para já, 20 cidades de seis países.
Portugal está representado na rede por Barcelos e Braga, sendo as restantes cidades maioritariamente de Espanha (14).
Há ainda cidades dos Países Baixos, Grécia, Hungria e França.
A rede foi formalizada durante o Congresso Mundial de Saúde Mental, que pela primeira vez decorre em Portugal, concretamente em Barcelos.
Segundo o presidente da Câmara de Barcelos, Mário Constantino Lopes, o objetivo da rede é funcionar como uma plataforma colaborativa para municípios e regiões empenhadas em integrar a saúde mental nas suas políticas.
A partilha de melhores práticas, facilitando a troca de conhecimentos entre municípios europeus sobre iniciativas de saúde mental que demonstraram impacto social, será uma das prioridades da rede.
Em cima da mesa está também o desenvolvimento conjunto de políticas, incentivando as cidades a colaborarem em quadros políticos que apoiam a saúde mental em diversos setores.
Por fim, a rede visa a cooperação internacional e o acesso a financiamento, reforçando parcerias para aproveitar oportunidades de financiamento destinado a projetos transfronteiriços na área da saúde mental.
"Hoje é o início de uma bela amizade entre cidades que pretendem garantir aos seus cidadãos os melhores cuidados de saúde mental", disse Mário Constantino.
Barcelos foi nomeada pela Federação Mundial da Saúde Mental como primeira Capital Mundial da Saúde Mental, título que ostentará até 2026.
Para Mário Constantino, este é o reconhecimento do trabalho desenvolvido no concelho para acudir àquela problemática, traduzido, desde logo, na criação da primeira Rede Municipal de Saúde Mental do país, constituída por 70 instituições privadas, públicas, institutos e empresas.
"Com um objetivo muito claro: criar respostas mais eficazes e abrangentes para as necessidades existentes, designadamente para as famílias e cuidadores informais -- o chamado doente oculto -- que enfrentam, diariamente, imensos desafios", referiu.
Paralelamente, o município de Barcelos está a trabalhar no incentivo e apoio à criação de uma academia destinada à formação e à investigação na área da Saúde Mental.
Está também prevista a criação de equipas comunitárias de saúde mental, "concretizando um desejo antigo que facilitará o acesso" dos munícipes, designadamente, a consultas de psiquiatria.
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