Alfredo da Costa: rutura por falta de profissionais

A falta de médicos e enfermeiros na Maternidade Alfredo da Costa, em Lisboa, considerada a maior do País, é tão grave que a unidade tem um piso encerrado e não há capacidade de resposta, obrigando à transferência das grávidas para outras unidades. Nas últimas três semanas, foram transferidas 20.

A visibilidade do problema ocorreu no turno da noite de quinta-feira, em que a falta de um dos três especialistas na Urgência, por motivo de doença súbita, levou a unidade a ficar sem meios para receber grávidas em risco. A solução foi pedir ao INEM para não as encaminhar para a unidade.Ao CM, a administração do Centro Hospitalar de Lisboa Central afirma que o "atendimento normal da Urgência nunca esteve em causa e a situação está resolvida". A ARSLVT diz estar a "enviar esforços para responder às necessidades": está "em curso o processo da contratação de médicos".

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"Se os médicos com 50 anos pedissem hoje escusa de fazer Urgência, a maternidade fechava neste momento", assegurou ao Correio da Manhã uma fonte hospitalar. Segundo a fonte, a média de idades do corpo clínico ronda os 50 anos – e além destes só há médicos acabados de sair da faculdade.

"Contratação de médicos"

"Estamos espoliados dos médicos que formamos. Os internos acabam a especialidade e vão trabalhar para os hospitais de Loures e Vila Franca de Xira porque a Administração Regional de Saúde [de Lisboa e Vale do Tejo] não faz contratos", critica a mesma fonte.

Outra fonte refere que a falta de enfermeiros levou ao fecho do segundo piso, o das mulheres que tiveram os filhos. "O fecho da ala faz com que 30 puérperas estejam na sala de partos", não restando vagas para grávidas.

Ao CM, a administração do Centro Hospitalar de Lisboa Central afirma que o "atendimento normal da Urgência nunca esteve em causa e a situação está resolvida". A ARSLVT diz estar a "enviar esforços para responder às necessidades": está "em curso o processo da contratação de médicos".