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Santa Casa vai colocar simulador sísmico em Lisboa

Terramoto de Lisboa foi há 260 anos.

30 de outubro de 2015 às 16:48

A Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML) inaugura no domingo um simulador sísmico que vai permitir à população sentir o que acontece durante um sismo, no dia em que se assinalam 260 anos do terramoto de Lisboa.

"A placa simula uma trepidação semelhante a um sismo, para que as pessoas possam experienciar, estando a terra a tremer debaixo de si, como é que depois procedem nos três gestos que salvam: baixar, proteger e aguardar", explicou à Lusa Lídio Lopes, responsável pela segurança da SCML.

No domingo, a placa simuladora estará no Largo Trindade Coelho, em Lisboa, onde se situa a sede da SCML, mas depois, de 2 a 7 de novembro, estará disponível para os utentes, colaboradores e comunidade no Polo de Inovação Social da Mitra, entre as 09h00 e as 17h30.

Sismo de 1755 foi há 260 anos

Na manhã de domingo, a companhia de teatro Lua Cheia realizará uma pequena performance no percurso entre o Largo Trindade Coelho, o Largo do Chiado, o Largo do Carmo, o Rossio e o Terreiro do Paço, simulando um ambiente familiar, com o objetivo de transmitir boas práticas de segurança à população.

"A SCML tem uma relação direta com a data, porque já existia em 1755 e viu o seu património destruído, nomeadamente a sua sede. E, por isso, entende ser seu dever, tal como naquela altura, em que ajudou quem precisava, contribuir esta sexta-feira para informar os seus utentes, os seus colaboradores, mas também a população para os bons comportamentos a adotar em situação de catástrofe natural, em especial de risco sísmico", acrescentou Lídio Lopes.

O programa inclui, ainda, uma mesa redonda sobre o risco sísmico, na segunda-feira, às 16h00, na sala das extrações da SCML, em que vai participar um técnico da Autoridade Nacional de Proteção Civil, um técnico do Serviço Municipal de Proteção Civil e o Martunis, o jovem que foi encontrado na Indonésia com a camisola da seleção nacional 23 dias depois do 'tsunami' de 2004.

No dia 1 de novembro de 1755, milhares de pessoas morreram em Lisboa, na sequência de um terramoto que se calcula hoje ter tido 8,5 na escala de Richter, seguido por um maremoto e um fogo que destruiu praticamente a baixa da cidade.

De acordo com um estudo recente do Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC), um próximo terramoto em Portugal, com as atuais condições poderá matar entre 17 a 27 mil pessoas, sobretudo na Grande Lisboa, Vale do Tejo, Costa Alentejana e no Algarve.

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