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Sem-abrigo da ilha de São Miguel querem centro de alojamento para o inverno

Pedido foi formalizado numa carta aberta dirigida ao presidente do Governo Regional e câmaras municipais daquela ilha.

10 de dezembro de 2025 às 12:52

Pessoas em situação de sem-abrigo na ilha de São Miguel, Açores, pediram a abertura de um novo centro de alojamento temporário face ao inverno, numa carta aberta dirigida ao presidente do Governo Regional e câmaras municipais daquela ilha.

Segundo a Novo Dia -- Associação para a Inclusão Social, as pessoas sem-abrigo serão 150 só nos concelhos de Ponta Delgada, Ribeira Grande e Lagoa.

Além do novo centro de alojamento temporário, por um período de seis meses, pretendem, segundo a carta aberta, a disponibilização de "espaços protegidos, mesmo que improvisados, com camas, agasalhos, alimentação quente, condições de higiene e acesso a cuidados de saúde adequados".

"O inverno está à porta e temos consciência que será rigoroso, o que para nós significa que estaremos expostos ao frio, ao vento, à chuva e ao silêncio pesado da noite. Viver na rua não é, nem nunca foi, uma escolha", referem os sem-abrigo.

Os responsáveis pela carta aberta consideram "fundamental, a médio e longo prazo, o reforço de respostas habitacionais para a generalidade da população" e, no seu caso, "quando necessário, segundo um modelo que priorize o acesso à habitação, enquanto instrumento de reintegração pessoal social".

O documento, além de pessoas sem-abrigo, é subscrito, também, por cidadãos e cidadãs que, não estando naquela condição, "são sensíveis às dificuldades e à necessidade de respostas urgentes e em tempo útil" para aquelas situações.

Em julho, foi apresentado pelo Governo dos Açores o I Plano Regional para a Inclusão da Pessoa em Situação de Sem Abrigo -- PRIPSSA 2025-2030.

O Plano, que assentou num estudo técnico prévio, tem como intuito reduzir o número de pessoas em situação de sem-abrigo no arquipélago dos Açores, contando com uma ação "preventiva" do Governo Regional e instituições.

"Tendo em conta aquilo que têm sido os outros planos, quer o Plano Regional para a Inclusão Social e Cidadania e o próprio programa para combater as dependências, a prevenção é a chave", defendeu, na altura, a secretária regional da Saúde e Segurança Social, Mónica Seidi.

O Plano irá mobilizar entidades públicas e privadas e tem como eixos estratégicos a intervenção, prevenção das situações de risco e gestão de recursos, o alojamento e habitação, o acompanhamento e reabilitação, inserção social e conhecimento e a comunicação e participação social.

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