A edição de hoje
Aviões de hora a hora a partir de 39 euros.
A negociação com o Governo para um novo desenho acionista para a TAP não impede os donos privados de continuar a comprar aviões, apresentar uma nova estratégia ou até mudar a imagem. A nova ponte aérea entre Lisboa e Porto, com preços a partir 39 euros, anunciada esta quinta-feira pelo gestor Fernando Pinto perante os patrões David Neeleman e Humberto Pedrosa, é um exemplo das novas apostas da companhia aérea a partir de março.
As ligações de hora a hora entre as duas principais cidades vão competir diretamente com comboios e autocarros, admitiu esta quinta-feira Fernando Pinto. Mas, mesmo sendo mais baratos, estes dois não garantem ligações tão rápidas, alega a operadora.
Para agilizar os processos, a companhia aérea está em negociação com a ANA – Aeroportos de Portugal para a disponibilização de canais de acesso dedicados de forma a que os passageiros não percam tempo no embarque ou desembarque.
Estão previstos 16 voos diários de ida e volta entre Lisboa e Porto, num total de 114 voos por semana: mais 57 do que atualmente. A TAP prevê ainda reforçar a frequência, para diária, de muitos destinos servidos atualmente. Mais do que definir novas rotas, a aposta é aumentar a frequência das existentes, disse Fernando Pinto. Ainda assim, está previsto um novo destino: a cidade espanhola de Vigo.
Para isso, vão ser substituídos 17 aviões da Portugália – que será rebatizada como TAP Express – com uma média de idade de 21 anos. A frota ganha entretanto mais uma nova aeronave, passando a ser constituída por 18 aviões. O número de lugares oferecidos é superior em 47% à frota atual.
A renovação da frota de forma tão rápida só foi possível dadas as sinergias com a Azul, de que também é dono David Neeleman, no âmbito da quais também foram negociados os seguros. Os novos aviões estão avaliados em 400 milhões de euros.
O retorno é da ordem dos 60 milhões de euros anuais, concretizou Fernando Pinto.
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