Manifestantes saem à rua em defesa do "serviço universal de correios".
Os trabalhadores da Central de Correios do Norte concentram-se este sábado em frente à Câmara do Porto "em defesa do serviço universal" dos CTT e em protesto pelo aumento dos ritmos de trabalho e "discriminação salarial", que a empresa refuta.
Em declarações à agência Lusa, o dirigente do Sindicato Nacional dos Trabalhadores dos Correios e Telecomunicações (SNTCT) Paulo Alves adiantou que o protesto decorre entre as 10h00 e as 12h30 e envolve quatro sindicatos representativos dos funcionários dos CTT, embora a iniciativa tenha partido dos próprios trabalhadores do Centro Operacional de Correios do Norte.
O objetivo, explicou, é sair "em defesa do serviço universal de correios" e "denunciar o mau funcionamento da empresa, que tem vindo a intensificar-se sobretudo desde a privatização e que levou à degradação das condições de trabalho e do serviço que é prestado à população".
"Há uma preocupação da parte da administração de cortar, cortar e cortar, o que obriga a aumentar os ritmos de trabalho, com os utentes e os trabalhadores a serem prejudicados", afirmou.
Como resultado, referiu Paulo Alves, "os trabalhadores acabam por não fazer a pausa e têm que trabalhar além da hora sem serem remunerados, o que leva à exaustão física e psicológica, com muitos a meterem baixa por razões físicas e psicológicas e com a taxa de sinistralidade a aumentar".
Contactada pela agência Lusa, fonte oficial dos CTT assegurou, contudo, que "a qualidade de serviço" do grupo "mantém-se e têm-se mantido acima dos valores definidos como mínimos e em linha com os padrões de proximidade e disponibilidade a que os clientes se habituaram, pelo que qualquer afirmação de degradação do serviço universal peca por falta de fundamento".
"Os CTT têm vindo a tornar mais eficiente o seu circuito operativo e a automatizar crescentemente as suas operações, o que, aliado ao facto de existir hoje em dia menos correio do que há uns anos, não permite suportar a ideia transmitida sobre os ritmos de trabalho", acrescentou.
Entre as críticas dos trabalhadores dos correios do Norte está ainda o que dizem ser uma "discriminação salarial" vigente na empresa desde janeiro de 2016, pela não aplicação do aumento salarial de 1,3% aos trabalhadores filiados no SNTCT, que não subscreveu o acordo.
"O nosso sindicato -- que é o mais representativo, representa mais de metade dos trabalhadores da empresa - não assinou porque achava que o valor proposto não repunha o poder de compra, nem tinha por base a realidade e os resultados da empresa", explicou.
No que respeita à questão salarial, os CTT afirmam que "as reuniões acerca das atualizações de 2017 estão ainda a decorrer e prevê-se que estejam concluídas em breve" e que, "em 2016, a empresa assinou um acordo de matéria salarial com 10 dos 11 sindicatos representados na empresa".
"Os aumentos foram automáticos para os filiados nos sindicatos signatários e, de acordo com a legislação em vigor, opcionais para os trabalhadores não sindicalizados. De igual forma, a empresa mostrou abertura e permitiu que os trabalhadores filiados no único sindicato não signatário, pudessem, de sua livre vontade, aderir ao aumento salarial, bastando para tal que o comunicassem à empresa. É evidente, portanto, que não se observou qualquer discriminação entre trabalhadores", concluiu.
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