Luta dos trabalhadores das IPSS em Portugal vai iniciar-se no dia 27, segunda-feira.
Os trabalhadores das Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS) iniciam na segunda-feira a "Quinzena de Luta nas IPSS" no Norte de Portugal para reivindicar aumentos salariais de 150 euros para 2026, valorização das carreiras e 35 horas semanais.
A luta dos trabalhadores das IPSS em Portugal, um universo de mais de 63 mil instituições com uma IPSS por cada concelho, vai iniciar-se no dia 27, segunda-feira, a "Quinzena de Luta nas IPSS".
A jornada começa pelo Norte de Portugal, nas cidades de Braga, Porto, Aveiro, Viana do Castelo, e depois desce para sul, passando por Coimbra, Santarém e Algarve, anunciou Ana Rodrigues, do Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, em conferência de imprensa no Porto.
Os vários milhares de trabalhadores vão iniciar uma "nova jornada de luta" através da iniciativa "Quinzena de Luta nas IPSS" e que tem o objetivo de ir às IPSS realizar "plenários com saída à rua" e "mostrar o descontentamento geral dos trabalhadores" face a propostas que são "habitualmente muito pequeninas e que têm sido colocadas reiteradamente com base naquilo que vem do salário mínimo ano após ano", explicou Ana Rodrigues.
A "valorização das carreiras e profissões destes trabalhadores" e o "aumento substancial do salário" de "150 euros de aumento mensal", bem como semanas de 35 horas de trabalho são as três principais reivindicações elencadas hoje na conferência de imprensa.
"É preciso valorizar estes trabalhadores. O Governo tem mesmo que valorizar estes trabalhadores, porque são essenciais", sublinhou a sindicalista, referindo que a média de idades destes trabalhadores ronda os 50 a 55 anos, ou seja, é uma comunidade que está a ficar envelhecida e que também sofre por estar a viver muitas vezes "abaixo do limiar da pobreza".
No caso dos trabalhadores enfermeiros, a média de idades é mais jovem, mas lutam também por diferenças salariais em comparação com a função pública na ordem dos 500 euros a menos.
Segundo Rui Marroni, do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses, houve um efetivo aumento de salários na função pública para os enfermeiros, mas esses salários não têm tido correspondência dentro das IPSS, o que leva a que os profissionais de saúde, tenham "salários baixíssimos" em relação à função pública, conduzindo a uma "grande rotatividade" de trabalhadores nas IPSS, porque as "condições são más do ponto de vista salarial".
"As IPSS abrangem diversas áreas da saúde, lares, unidades de cuidados continuados, algumas valências com cirurgias e com blocos, mas a verdade é que não tem havido uma evolução. Os profissionais de saúde destas áreas estão muito desvalorizados em relação aos restantes trabalhadores, particularmente da administração pública, mas não só", disse.
Pedro Faria, do Sindicato dos Trabalhadores da Saúde, Solidariedade e Segurança Social, reforçou que tal como os enfermeiros, os restantes técnicos superiores das IPSS também sofrem com a diferença salarial em relação aos colegas da função pública.
"Um salário de ingresso que está para este ano para o nível 5, que é para os técnicos superiores, enfermeiros e outros é de 1.150 euros. Já está definido para a administração pública que os salários dos enfermeiros a partir de 2026 vão ser de 1.610 euros, no início de carreira. Portanto há uma diferença de quase 500 euros em termos salariais de base", exemplificou.
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