Sindicato considera que tal medida põe em causa relançamento da economia regional.
O Sindicato dos Trabalhadores dos Transportes da Área Metropolitana do Porto (STTAMP) repudiou hoje o plano de reativação da TAP com três destinos a partir do Norte, considerando que tal põe em causa o relançamento da economia regional.
"A intenção da TAP, ainda que não confirmada, de retomar três destinos a partir do Aeroporto Francisco Sá Carneiro, no [distrito do] Porto, enquanto planeia reativar 71 destinos à saída do Aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa, num plano faseado compreendido entre meados do mês de maio e o início do mês de julho, põe claramente em causa o relançamento da economia numa região fortemente industrializada", alerta em comunicado o STTAMP.
A possibilidade de, na sequência da pandemia de covid-19, a TAP retomar, no Porto, apenas os destinos do Funchal, Londres e Paris merece do sindicado o "veemente repúdio", acrescenta, vincando que "a administração da companhia não pode esquecer-se de que a TAP é a transportadora aérea nacional" e "tem responsabilidades para com a totalidade do território".
"Num momento de tentativa de recuperação de uma crise sanitária como a que vivemos, [a TAP] constitui uma plataforma de criação de riqueza que, pelo facto de equalizar as oportunidades das várias regiões, irá certamente daí obter valor para si própria", refere o sindicado.
Para o STTAMP, "não é de todo inteligível que a TAP possa sequer conjeturar um plano operacional de reativação desta natureza, ignorando os 13 milhões de passageiros movimentados pelo Aeroporto do Porto em 2019".
O sindicato refere que o Aeroporto Francisco Sá Carneiro é "uma infraestrutura com uma capacidade geográfica de atracão de cinco milhões de pessoas, onde se inclui o norte de Espanha mas também o centro do país, uma vez que 25% dos passageiros que utilizam o Aeroporto do Porto se encaminham para zonas a sul da região".
O STTAMP nota que "o turismo do Porto e Norte tem vindo a desenvolver um trabalho de articulação com outras organizações nacionais e internacionais no sentido de criar iniciativas e desenvolver campanhas de promoção que dinamizem a retoma de um setor que tanto tem dado ao país".
"A componente do transporte aéreo é indubitavelmente uma pedra chave deste sucesso. A utilização dos transportes coletivos terrestres por um número cada vez maior de pessoas que visitam o nosso país em lazer é também um facto absolutamente incontornável", observa o STTAMP.
O Governo está a analisar a eventual concessão de apoios públicos à TAP, para assegurar a sua continuidade, segundo o relatório e contas da empresa pública Parpública, que detém 50% da companhia aérea.
Atualmente, a TAP tem a sua operação suspensa quase na totalidade e, no âmbito das medidas de apoio às empresas impactadas pela pandemia de covid-19 na economia, recorreu ao 'lay-off' simplificado dos trabalhadores.
Na quinta-feira, em entrevista à RTP, o primeiro-ministro recusou-se a colocar já na agenda qualquer revisão do plano estratégico da TAP e adiantou que o Governo vai aguardar pelo quadro europeu de medidas para o setor da aviação civil.
Desde 2016 que o Estado (através da Parpública) detém 50% da TAP, resultado das negociações do Governo de António Costa com o consórcio Gateway (de Humberto Pedrosa e David Neeleman), que ficou com 45% do capital da transportadora.
Os restantes 5% da empresa estão nas mãos dos trabalhadores.
O Estado tem administradores no Conselho de Administração da empresa (administradores não executivos), sendo os administradores da Comissão Executiva nomeados pelos acionistas privados.
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