Uso "não foi ainda considerado" para outros contextos para além do "diagnóstico urgente" em casos suspeitos sintomáticos.
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A ministra da Saúde disse esta quarta-feira que a utilização de testes rápidos de diagnóstico covid-19 "não foi ainda considerada" para outros contextos para além do "diagnóstico urgente" em casos suspeitos sintomáticos quando está em causa "o controlo da transmissão".
"A utilização destes testes em outros contextos não foi ainda considerada como suficientemente esclarecida. Durante os próximos dias desta semana há trabalhos adicionais", disse Marta Temido na conferência de imprensa de atualização de informação relativa à infeção pelo novo coronavírus em Portugal.
A ministra da Saúde frisou que o tema está a ser tratado por um grupo de peritos da Direção-Geral da Saúde (DGS), do Instituto de Saúde Ricardo Jorge (INSA) e da Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde (Infarmed), bem como "diversos peritos ligados à saúde" e que no final da semana passada foi "consensualizado" aquilo para que serão "para já" utilizados estes testes.
"[A informação é] de que estes testes poderiam ser considerados no diagnóstico urgente em casos suspeitos sintomáticos com início de sintomas há menos de sete dias em situações em que os testes rápidos representassem uma vantagem para a implementação de medidas de controlo da transmissão. Esta informação está consensualizada entre os peritos", disse Marta Temido.
Na sexta-feira foi revelado que a utilização de testes rápidos de diagnóstico da covid-19 ainda está sob avaliação do INSA.
Também na conferência de balanço sobre a pandemia em Portugal, a responsável pelo Laboratório Nacional de Referência para o Vírus da Gripe e outros Vírus Respiratórios, Raquel Guiomar, disse que estes testes "trazem algumas vantagens para a deteção de casos suspeitos" e que podem permitir uma "rápida implementação de medidas que impeçam as cadeias de transmissão".
Mas a responsável não transmitiu uma decisão final sobre o tema, depois de a ministra da Saúde, Marta Temido, ter chegado a anunciar para o "final da semana" uma posição.
"Neste momento, estamos a avaliar uma nova geração destes testes rápidos e o grupo de peritos vai reunir-se para fazer a avaliação", afirmou Raquel Guiomar, notando que os "testes devem ser sempre realizados no contexto do historial do doente", tanto físico como epidemiológico: "Têm critérios específicos de seleção e utilização. Esta é ainda uma situação que está a ser avaliada pela comissão de avaliação dos testes".
Contudo, a responsável do INSA vincou que eventuais lacunas dos testes rápidos "serão colmatadas pelo encaminhamento para o método de referência", sem deixar de destacar a expectativa positiva perante a utilização em outros países europeus e que indiciam "uma boa concordância" com o RT-PCR, o teste de referência.
Na terça-feira, a Ordem dos Enfermeiros, ao defender a presença durante o parto de uma pessoa escolhida pela grávida, propôs que para isso as maternidades tenham disponíveis testes rápidos de diagnóstico à covid-19.
Um parecer do Colégio da Especialidade de Enfermagem de Saúde Materna e Obstetrícia, que já foi enviado à Assembleia da República, defende que "a presença contínua de uma pessoa significativa é essencial para uma experiência positiva do parto e para a obtenção de efeitos positivos na saúde e na satisfação com os cuidados prestados".
Já hoje, também a propósito de testes de diagnóstico à covid-19, e questionada pela agência Lusa sobre se tem conhecimento de falhas em laboratórios com o surgimento de falsos positivos e falsos negativos, a diretora-geral de Saúde, Graça Freitas, remeteu a resposta para outras entidades, mas admitiu essa possibilidade.
"É o INSA e o Infarmed que acompanham a questão dos laboratórios. Mas é provável que sim porque às vezes acontecem", disse Graça Freitas.
A pandemia de covid-19 já provocou mais de um milhão de mortos no mundo desde dezembro do ano passado, incluindo 1.971 em Portugal.
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