Editores europeus fazem queixa da Google
Conselho Europeu de Editores acusa a gigante tecnológica de práticas anticoncorrenciais.
O Conselho Europeu de Editores (European Publishers Council - EPC) apresentou na sexta-feira à Comissão Europeia (CE) uma queixa contra a Google, em que aponta práticas anticoncorrenciais à tecnológica norte-americana. Esta é acusada de favorecer os seus serviços em detrimento dos concorrentes nos negócios de publicidade digital.
A queixa diz que a gigante da internet terá usado "táticas ilegais" para monopolizar a publicidade online e esmagar a concorrência, o que lhe dá um poder sobre a indústria que ameaça a imprensa livre na Europa (e até no Mundo).
A aliança de editores europeus, da qual faz parte o grupo Impresa, que detém a SIC, pede à CE que responsabilize a Google pela sua conduta e imponha soluções para restaurar as condições de competitividade no mercado publicitário. "Já é altura da Comissão Europeia impor à Google medidas que realmente mudem, e não apenas desafiem, o seu comportamento – comportamento que causou e continua a causar danos consideráveis, não apenas aos editores de imprensa da Europa, mas a todos os anunciantes e eventualmente consumidores na forma de preços mais altos (incluindo taxas de tecnologia de anúncios), menos opções, menos transparência e menos inovação", afirma Christian Van Thillo, presidente do EPC. "As apostas são muito altas, principalmente para a viabilidade futura de financiar uma imprensa livre e pluralista", acrescenta.
A Google faturou 128,5 mil milhões com anúncios online em 2020, mais do que qualquer outra empresa no Mundo. Em junho, a CE já tinha aberto uma investigação aprofundada com "carácter prioritário" para verificar se a empresa estava a violar as regras concorrenciais da União Europeia nos anúncios online.
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