Facebook prepara-se para adotar tecnologia que adivinha trajetos dos utilizadores

Nova patente usa dados de localização para calcular percursos mesmo quando utilizadores estão offline.

15 de dezembro de 2018 às 13:48
Utilizador acede ao Facebook no telemóvel Foto: Reuters
Facebook telemóvel
Facebook Foto: Getty Images
Empresa de Mark Zuckerberg volta a estar na mira dos reguladores de vários países Foto: Reuters

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O Facebook registou no Escritório de Patentes e Marcas Comerciais dos Estados Unidos novas tecnologias que usam os dados de localização para calcular os caminhos feitos pelos utilizadores, mesmo quando estão offline.

Uma das aplicações, chamada "Trajetórias Offline", consegue prever para onde o utilizador vai com base no local que está. A tecnologia cruza os dados do utilizador com os dados de outras pessoas que estiveram no mesmo local para criar previsões de que as pessoas que frequentam um lugar específico vão na sequência para outro lugar específico, segundo relata o Buzzfeed News

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Por exemplo, se alguém vai tomar o pequeno-almoço numa pastelaria e segue depois para um centro comercial, a aplicação vai registar este caminho e criar uma "trajetória provável" da pastelaria para o centro comercial.

Além disso, identifica os locais sem acesso a internet e pode vir a antecipar conteúdos e deixá-los disponíveis para que possam ser acedidos no momento que a pessoa estiver sem conexão.

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Os dados de localização tem imenso valor para o Facebook, pois permitem que a empresa crie perfis mais pormenorizados dos interesses dos utilizadores com base nos locais que frequentam, o que faz com que os anúncios de produtos e conteúdos sejas mais específicos e tenham mais hipótese de consumo.

O registo de aplicações que têm intenção de amealhar mais dados de localização acionou uma série de alarmes no que diz respeito às políticas de privacidade.

Reagindo à polémcia, o representante da empresa, Anthony Harrison, afirmou em comunicado que "muitas vezes, registamos patentes para tecnologias que nunca chegamos a usar de facto e patentes para aplicações não devem ser tomadas como indicações de planos para o futuro".

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