page view

Habitação e Segurança preocupam Lisboa e Porto

Pizarro quer mais casas a custos acessíveis e Moedas mais videovigilância. Já Luís Carrilho alerta que a tecnologia não substitui o polícia.

20 de março de 2025 às 01:30

Em ano de eleições autárquicas, Carlos Moedas, presidente da Câmara de Lisboa, e Manuel Pizarro, candidato do PS à Câmara do Porto, olharam para os desafios que se colocam às grandes cidades.

Relativamente ao Porto, Pizarro afirmou que a “oferta de casas com um custo aceitável tem de aumentar” e considerou que a rede de transportes da cidade “fica muito aquém da de Lisboa”. Já Moedas apontou a gratuidade dos passes (+65/-23 anos) na capital como “um exemplo para a Europa”.

Em matéria de segurança, defendeu que as “câmaras de videovigilância são fundamentais para a polícia” e deu como exemplo o Cais do Sodré, onde já existem 23. O papel da videovigilância e recurso às novas tecnologias como instrumentos essenciais para o trabalho das forças de segurança também foi realçado no painel dedicado à segurança.

O diretor nacional da PSP, Luís Carrilho, defendeu que, embora “a tecnologia não substitua o polícia”, ela é essencial ao cumprimento da missão. Deu como exemplo o “uso de drones”, fundamentais para controlar as quase duas mil manifestações que a PSP acompanhou em 2024. Leitão da Silva, comandante da Polícia Municipal do Porto, anunciou que está em marcha “a 3.ª fase do programa de reforço da videovigilância na cidade, com a instalação de mais 117 câmaras entre as zonas de Campanhã e da Foz”.

Seguro teme “moção de censura para o País”

A crise política não passou ao lado do painel ‘Visão para Portugal’. O antigo líder do PS António José Seguro alertou que, “nesta fase, é preciso que os partidos apresentem soluções para o País, ou então as próximas eleições podem ser uma moção de censura para o País”.

Numa referência à moção de confiança que fez cair o Governo, o socialista apontou que “os problemas do País não se resolvem com estados de alma” e deixou um alerta: o primeiro-ministro “não pode ter um pé nos negócios e outro na política”. Questionado sobre uma eventual candidatura presidencial, disse continuar “num processo de reflexão”.

Luís Marques Mendes, que já anunciou a entrada na corrida a Belém, disse que “esta crise é um desastre” e considerou “incompreensível que o PS não tenha feito na moção de confiança o mesmo que fez no Orçamento do Estado: abster-se”. Ainda assim, o antigo líder do PSD entende que o Governo “arriscou em demasia” com a entrega da moção de confiança.

“Mesmo que a AD volte a ganhar as eleições legislativas, a questão vai continuar na ordem do dia, com uma comissão parlamentar de inquérito” às contas do primeiro-ministro, advertiu. “Há coisas que as eleições não clarificam”, reforçou Marques Mendes, que, com a sua candidatura presidencial, quer “deixar três marcas: ambição, estabilidade e ética”.

Tem sugestões ou notícias para partilhar com o CM?

Envie para geral@cmjornal.pt

o que achou desta notícia?

concordam consigo

Logo CM

Newsletter - Exclusivos

As suas notícias acompanhadas ao detalhe.

Mais Lidas

Ouça a Correio da Manhã Rádio nas frequências - Lisboa 90.4 // Porto 94.8