Diretor-geral editorial da Medialivre fala sobre a nova aposta do grupo na televisão, mas também no digital. E explica porque é que o novo canal se chama 'Now'.
Carlos Rodrigues, diretor-geral editorial da Medialivre, diz que "para os espectadores da CMTV, o Now será um canal concorrente e para o mercado mais um parceiro". Em entrevista ao jornal ECO, Carlos Rodrigues refere que ainda não há data de estreia para o novo canal, mas que não irá arrancar antes das eleições: "Nunca esteve em cima da mesa".Ainda sobre o Now, o diretor-geral explica que mesmo que a empresa de Cristiano Ronaldo seja uma das acionistas do grupo Medialivre, o jogador não estará em nenhum projeto do canal. "No canal? Quem me dera. Quem é que não gostava de ter o Cristiano Ronaldo no seu canal?", refere Carlos Rodrigues.O diretor-geral avança que a CMTV vai "mudar, para melhor. Ou seja, todos os dias estará mais sólida, mais perto da notícia, a responder melhor primeiro a tudo o que acontece, e os espectadores todos os dias o têm sentido."Sobre o jornal em papel, Carlos Rodrigues refere que as mudanças estão para breve. Fala na implementação do Projeto Alfa, "um projeto de adequação do funcionamento das redações ao digital", ou seja, as produções de imprensa passarão a ser feitas no digital.SOBRE O INVESTIMENTOCarlos Rodrigues tem ainda uma perspetiva diferente sobre a crise nos media: "Não há crise dos media. O que há é uma crise na gestão dos media. A gestão dos media tem que entender duas coisas. Por um lado, evidentemente, fazer notícias não é o mesmo que fazer parafusos, sapatos ou berbequins, isso está fora de questão, é um produto essencial à democracia. Mas, por outro lado, há princípios de gestão que, mesmo sendo em empresas de notícias, têm que ser seguidos. São princípios básicos do bom senso". Questionado sobre o investimento no novo canal, o diretor refere que, tal como acontece em todos os projetos Medialivre, o que vai ser investido "é nem mais do que aquilo que podemos, nem menos do que aquilo que precisamos". E, segundo o diretor-geral, é este modelo de negócio que permite que a Medialivre esteja "sólida, muito saudável e a crescer".Sobre as diferenças de orçamento da CMTV comparado aos da RTP, SIC e TVI, Carlos refere que "muito cedo no ano, qualquer um destes três canais gasta um orçamento equivalente a tudo o que CMTV tem para gastar ao longo do ano"."Era um desafio interessante comparar o orçamento anual da CMTV com o orçamento da RTP. E estando perto, são três pontos percentuais ou nem isso, sete para dez. Portanto, isso significa que a CMTV valerá atualmente 70% dos espectadores da RTP1. Se eu tivesse 70% do orçamento da RTP, multiplicava se calhar a CMTV talvez por dez vezes", afirma.Sobre o futuro, Carlos Rodrigues refere que "daqui a 11 anos, o Now há-de estar no ponto em que a CMTV está hoje".SOBRE O NOWO objetivo do novo canal, que vai ocupar a posição nove na MEO, Vodafone e NOS, trazer de volta à televisão os "abstencionistas", os públicos que se divorciaram dos canais clássicos, e atrair anunciantes que não cabiam na CMTV são os objetivos do canal que tem como máxima "Informação exata à hora certa". "Nós não teremos os tudólogos a falar". O novo canal vai apostar em protagonistas, analistas e analistas especializados. A GRELHAA partir das 7h00 o novo canal vai ter noticiários de 15 minutos com as sínteses noticiosas. O horário nobre será o período no qual os protagonistas vão ter palco. "É precisamente a essa hora, em que as pessoas, os espetadores normais como nós, depois de jantar, de vermos os principais noticiários e algum programa que cada um de nós goste, mudamos para as plataformas ou para outro tipo de oferta. Vamos procurar ter uma oferta que mantenha as pessoas dentro do sistema televisivo clássico, em vez de mudarem para as plataformas", explica.Da grelha vão ainda fazer parte conteúdos da Sábado, Negócios e Máxima. "O Now será o canal de televisão do Negócios, será o canal de televisão da Sábado e será o canal televisão da Máxima. Esses conteúdos diferenciados também fazem parte da proposta diferenciadora de canal".O Jornal de Negócios vai ter um programa diário no Now. Todos os formatos televisivos que a Sábado tem vão ser transferidos para o Now, como a Investigação Sábado, o GPS, que é com sugestões de lazer, e o Sábado Viajante, que é um programa de viagens. "Um dia de Now é um dia de informação. Teremos qualquer coisa como 17 horas de informação em direto e uma grelha variada, entre noticiários de hora a hora, outra proposta diferenciadora do nosso canal. Nós seremos o canal que vai recuperar a ideia da hora certa, porque nas televisões não há hora certa praticamente para nada", descreve Carlos Rodrigues ao ECO.O PROGRAMA DE ANTÓNIO COSTA"Nesta primeira fase, vamos levar António Costa aos locais das temáticas selecionadas por ele próprio para o programa, que se chama Otimista. O nome não é nosso, é do próprio, mas que nos pareceu muito indicado, atendendo à personagem pública", conta ao ECO.JUDITE DE SOUSAQuanto à participação de Judite de Sousa no novo canal, Carlos Rodrigues refere que a jornalista vai estar presente na noite eleitoral da CMTV e que depois estará também integrada no novo canal. "Tive uma conversa com a Judite e combinei que estará connosco na noite eleitoral, na CMTV. E depois vamos combinar o que vai fazer no Now. Mas vai estar connosco, tenho a certeza absoluta. Aliás, pensei em fazê-lo na apresentação do canal, mas faço agora aqui: acho que é muito importante prestar uma homenagem à Judite, pela carreira e por tudo o que deu ao jornalismo e que nós queremos que volte a dar", refere.PORQUÊ O NOME NOW?"Porquê o nome Now? Na verdade, o nome faz sentido por uma questão muito simples, este canal destina-se a fazer essa nova oferta informativa, com uma proposta diferenciadora. Parte desse nosso conceito advém do ritmo horário da informação. Nós seremos o canal das horas certas", explica.
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