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Google e Facebook fazem 109 mil milhões de euros

Gigantes da tecnologia são das empresas que menos impostos pagam face às receitas.

05 de fevereiro de 2018 às 08:38

A atividade da Google e do Facebook continua a gerar muitos milhões de euros todos os anos. Mas estas gigantes tecnológicas são também das empresas que menos impostos pagam face ao volume de negócios e às receitas publicitárias que geram em todo o Mundo.

De acordo com as contas apresentadas nos últimos dias, a Alphabet, holding que detém a Google, fechou o ano passado com uma receita recorde de 88,9 mil milhões de euros, mais 23% quando em comparação com 2016. Deste valor, 76,6 mil milhões de euros dizem respeito a receitas de publicidade. Assim, a Google (liderada por Sundar Pichai) encerrou 2017 com um lucro de mais de 10,1 mil milhões de euros.

Já o Facebook obteve no ano passado um lucro de 3,4 mil milhões de euros, uma subida de 20% face a 2016. A receita da empresa aumentou 47%, para os 32,7 mil milhões de euros. Destes, 32,1 mil milhões dizem respeito a receitas de publicidade.

Contas feitas, Google e Facebook fizeram no ano passado 108,7 mil milhões de euros em receitas publicitárias, o que compara com os 84,9 mil milhões de 2016. Recorde-se que estas empresas enfrentam vários processos, sobretudo na Europa, por fuga aos impostos.

Segundo um relatório do grupo socialista e democrata do Parlamento Europeu, a União Europeia terá perdido 5,4 mil milhões de euros em impostos não pagos por estas empresas entre 2013 e 2015, uma vez que estas direcionam as suas receitas para países como a Irlanda e o Luxemburgo, onde são tributadas com taxas muito reduzidas.

Em Portugal (onde a Google anunciou recentemente que vai instalar um centro de serviços tecnológicos a partir de junho), apesar de dominarem o mercado de receitas publicitárias no digital, estas tecnológicas não pagam qualquer imposto.

SAIBA MAIS 

80%

Em Portugal, as receitas de publicidade digital da Google representam quase 80% do mercado global. Em 2015, os últimos dados conhecidos, as multinacionais ficaram com 110 milhões de euros de um negócio que gerou 141 milhões de euros.

Polémica com extremistas

Vídeos de extremistas com anúncios de grandes marcas? Parecia ficção, mas aconteceu no YouTube, em 2017, graças à política de distribuição de publicidade da Google. A polémica levou a gigante a mudar regras.

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