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João Paulo Rodrigues: "Olho para a Júlia como a minha mãe da televisão"

Apresentador ficou arrasado com a saída da sua companheira do programa das manhãs da SIC.

25 de setembro de 2018 às 14:04

A partir de janeiro, tem futuro incerto na SIC. Mas nem isso o faz perder o sorriso e a vontade de trabalhar. Até porque, segundo diz, confia no trabalho de Daniel Oliveira e sabe que tem lugar assegurado no canal.

Como está o seu estado de espírito com a saída de Júlia Pinheiro do ‘Queridas Manhãs’?

Sinto alguma tristeza, porque gosto muito dela. Ao fazer dupla com uma pessoa durante quase cinco anos, cria-se um laço muito forte. São muitas horas em direto, é tudo muito intenso. A minha vida mudou completamente desde que comecei a trabalhar com a Júlia.

Mudou como?

Ui, em tanta coisa. Aprendi muito com ela. É uma pessoa que me ajudou muito numa fase complicada da minha vida, o meu divórcio. Esteve sempre ao meu lado. Levava-me a almoçar, falávamos muito. Pedi-lhe muitos conselhos e era bom saber que ela aprovava o que eu ia fazendo com a minha vida.

Sentia essa necessidade de aprovação?

Sim, alguma. Olho para a Júlia como a minha mãe da televisão. Ela sempre foi muito protetora comigo, de cuidar, corrigir, dar nas orelhas e impor regras… Um bocadinho aquilo que fazemos com os filhos. É uma mãe. Obviamente que tive muitas dúvidas ao longo destes anos e gostei sempre de ouvir a opinião dela, de perceber se estava a fazer as coisas bem, se estava a exagerar...

Também na vida pessoal?

Em tudo.

Esta saída dela, então, é quase como cortar um cordão umbilical.

Esta separação é, obviamente, muito difícil.

Foi ela que lhe disse que ia deixar as manhãs?

Sim, foi. Não houve ‘a conversa’. Foi um assunto sobre o qual íamos falando. Soube que ela ia para as tardes, mas não fazia ideia que tipo de programa ia fazer. Ela manteve sempre segredo. E, voltando ao meu estado de espírito… claro que sinto nostalgia, mas, por outro lado, fico feliz porque percebo que é um novo desafio, é uma coisa forte e com muita qualidade. E é a cara dela.

É sobre histórias de vida…

Sim, e acho mesmo que é a cara dela. A Júlia é uma mulher muito inteligente, muito culta e que sabe muito de televisão. Ela comunica como ninguém. O que levo destes quatro anos é muito orgulho e agradeço todos os dias ter aprendido a ser apresentador com uma mulher e profissional como ela.

Como vai ser ter a Ana Marques como parceira nas manhãs?

Eu já trabalhei com a Ana. Aliás, acho que já fiz parelha com todas as apresentadoras desta casa [risos]. E é bom, aprende- –se sempre coisas novas. Gosto muito da Ana, damo-nos muito bem. Temos um tipo de humor parecido, é como se fossemos dois miúdos grandes. Das vezes que apresentamos juntos o programa, divertimo-nos muito.

Não sente que, com a entrada da Cristina e o facto de ela ir apresentar as manhãs a partir de janeiro, vocês estão ali um bocadinho ‘a prazo’?

Não. Tenho uma filosofia em tudo o que faço na vida. Aceito as coisas como elas são e aceito as pessoas como elas me chegam. Por isso, isto que vou fazer nos próximos meses vai ser como se fosse a primeira vez, e vou fazê-lo com o mesmo empenho e dedicação de sempre. A vida é feita de ciclos e este ciclo, nesta fase da minha vida, está a bater certo. É uma fase de mudança. E isso é bom.

E depois de janeiro? Existe algum projeto pensado para si?

Já houve pessoas que me perguntaram isso e a resposta é que não sei. Não sei mesmo. E não estou nada preocupado.

Não está preocupado em ficar sem trabalho?

Não. Conheço o Daniel Oliveira há muitos anos e ele sempre me tratou muito bem. Ao longo deste processo, ele disse-me várias vezes que eu sou uma pessoa com quem ele quer contar. E, a partir do momento em que ele me diz isto, eu confio. O que lhe disse, na conversa que tivemos, foi: ‘tu és o meu capitão, por isso decide onde me queres pôr no barco’.

E qual era o lugar no barco que gostava de ocupar?

Não pensei nisso.

Gostava de fazer dupla com a Cristina nas manhãs?

Juro que não pensei nisso.

E se eu lhe pedir para pensar?

Ok, então vou para casa pensar e depois digo-lhe [risos].

Mas não quer responder?

Não, não quero… Adoro a Cristina. Tenho uma relação muito forte com ela. É uma mulher muito especial na minha vida e faz parte do meu sucesso na televisão.

Que começou em ‘A Tua Cara Não Me é Estranha’, com ela…

Precisamente. Ela foi a pessoa que me deu a contracena toda nesse programa. Foi a Cristina que me ajudou a mostrar aquilo que sou, que é entertainer. E não estou a dizer isto agora, atenção. Toda a gente sabe que é isto que penso e sinto pela Cristina há muito tempo. Não somos amigos de estarmos sempre juntos, mas somos mesmo amigos e ela sabe que, sempre que precisar de mim, eu estou aqui.

Já falou com ela desde que soube que ela ia para a SIC?

Não. Sou das pessoas mais discretas que existem. Ela deve estar com a cabeça a mil à hora e não lhe vou mandar uma mensagem só para dar os parabéns, como é óbvio. Hei de estar com ela e hei de falar com ela nas calmas.

Ficou feliz com a transferência dela?

Muito. Estou muito feliz por a Cristina vir para a minha casa.

A SIC está em mudanças. Quais as suas expectativas?

Que a SIC seja cada vez mais o canal dos portugueses. Este canal tem tudo para começar um novo ciclo, com gente muito boa, com ideias novas. E eu farei parte desse novo ciclo. Não tenho medos nenhuns, nem tenho dúvidas nenhumas. Estou tranquilo.

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