O que pode mudar numas eleições a caixa que mudou o Mundo é uma questão não resolvida com quase 50 anos. Desde que, nos EUA, Nixon, vice-presidente com tarimba política, se viu superado por um Kennedy sedutor e sorridente.
Para intimidar o presidente Mário Soares, num debate eleitoral da campanha de 1991 para Belém, o candidato Basílio Horta levou para a mesa do estúdio da RTP 1 um livro do investigador José Freire Antunes, ‘A Cadeira de Sidónio’, alegadamente incómodo para o líder histórico dos socialistas. Pôs um marcador na página onde se ventilavam relações polémicas com a CIA e voltou a capa para facilitar a leitura do título ao adversário e aos telespectadores. A
té ao final da noite, o livro continuou fechado e nunca mais ninguém falou do assunto. O debate ficou, porém, como um dos mais acrimoniosos de sempre no género. Até se discutiu um negócio de bananas. Na altura de contar os votos, Soares foi reeleito com 70,35% enquanto o aguerrido adversário registou apenas 14,16%, uma diferença abissal que nada teve a ver com a discussão ‘picada’. A realidade é que devido ao apoio do PSD de Cavaco Silva a um segundo mandato de Soares em Belém, o resultado eleitoral estava resolvido. O debate foi um pró-forma.
O que pode mudar numas eleições a chamada caixa que mudou o Mundo é uma questão não resolvida com quase 50 anos. A história começou em 1960, com os famosos quatro debates entre John F. Kennedy e Richard M. Nixon, candidatos à presidência dos Estados Unidos. Com experiência política – era vice-presidente do general Eisenhower – Nixon ganhou sempre no que respeita à ideia grandiloquente dos assuntos de Estado. Mas o jovem sedutor JFK sorriu melhor, tinha uma mulher mais bonita, Jacqueline, e também uma frase mais forte: “A questão não é o que a América faz pelas pessoas, mas o que os americanos podem fazer pelo seu país”. O resultado foi uma vitória por 0,1% e cerca de 112 mil votos entre quase 70 milhões de boletins contados.
Logo nessa altura, os debates políticos na TV foram notícia nos jornais portugueses, mas o nosso país ainda há pouco tempo que tinha televisão e não tinha nenhuma discussão política porque a ditadura do Estado Novo não o permitia. Era o tempo da proibição dos “grupos agrupados de mais um andar parados” ou seja não existia direito de reunião, nem de manifestação e o poder autoritário de Salazar e Caetano não imaginava sequer que alguma vez algum opositor pudesse aparecer na televisão. Na última fase do regime, pós-Verão de 1968, o único debate político autorizado era, sob implacável controlo da censura prévia, a publicação de trocas de pontos de vista, cheios de parábolas, nomeadamente no suplemento ‘Mesa Redonda’ do jornal vespertino ‘Diário de Lisboa’.
A democracia muito frágil e pouco cultivada do 25 de Abril de 1974 esteve longe de abrir as portas ao debate político. A caminho das Eleições Constituintes do 25 de Abril de 1975, que forças do PCP e outros grupos da extrema-esquerda quiseram de algum modo impedir ou adiar, e por entre catrefas de decretos-leis, implementou-se o confronto político-partidário medido ao centímetro quadrado de espaço nos jornais e propaganda contada ao segundo na TV e rádio. Falava-se muito de esclarecimento, mas o quadro de discussão era para ninguém entender.
O primeiro verdadeiro debate político na televisão portuguesa não se deveu a qualquer eleição, mas à iminência de uma guerra civil. Com o país dividido e posições extremadas, onde a força militar riscava completamente a expressão do voto popular, os dois líderes da esquerda tradicional portuguesa, Mário Soares, do PS, e Álvaro Cunhal, do PCP, estiveram frente-a-frente na RTP, em 5 de Novembro de 1975, acompanhados de Joaquim Letria e José Carlos Mégre, um jornalista e um ‘opinionmaker’ com estatuto mínimo de independência. Quem se lembrar do debate ou o rever em filme recorda que, como é habitual no tempo, as divergências discutiam-se no restrito âmbito do ‘caminho para o socialismo’, com Soares a afirmar prioridade à liberdade e a um mínimo de iniciativa e propriedade privadas e a rejeitar ‘uma medalha Lenine’ que acarretaria ‘nova ditadura em Portugal’, ao que Cunhal retorquiu com o famoso “Olhe que não, olhe que não”.
O confronto Soares-Cunhal foi único no género durante muitos anos, no pós-25 de Abril. Na continuidade das piores tradições RTP – onde, aquando do assassinato do presidente John Kennedy, em Novembro de 1963, se telefonou para o gabinete do presidente do conselho, António Oliveira Salazar, a perguntar se podiam dar a notícia e obtiveram como resposta “sim, porque de qualquer maneira acabar-se-á por saber” – a televisão estatal constituiu sempre uma arma de condicionamento da opinião pública mesmo quando deixou de ser uma ingénua máquina de propaganda do poder estabelecido em São Bento.
Sobre a falta de debate político no pequeno ecrã, Diogo Freitas do Amaral conta na sua autobiografia a história curiosa da entrevista que deu na RTP em 11 de Junho de 1975. O então líder do CDS queixa-se que nada da entrevista conduzida por José Carlos Mégre, José Manuel Galvão Teles e Adelino Gomes lhe permitiu expor as suas opiniões políticas e houve apenas a preocupação de o “arrasar politicamente”. Aconteceu, no entanto, que no dia seguinte no vespertino ‘Jornal Novo’, o respectivo director Artur Portela Filho, escrevia: “O que passou ontem à noite, na televisão, foi extremamente grave. Três homens com razão foram batidos por um homem que não a tinha.”
Passados mais de dez anos, coube exactamente a Freitas do Amaral inaugurar frente a Salgado Zenha, em 17 de Dezembro de 1985, a série de debates pré-campanha das Presidenciais. Após o colapso do PS nas Legislativas de Outubro desse ano, que valeram a Aníbal Cavaco Silva a missão de formar um governo não-maioritário homogéneo, Mário Soares partia de muito baixo na sua tentativa para ganhar a eleição presidencial e apostou numa campanha aberta e viva que funcionasse como um vendaval de liberdade no marasmo partidário e ideológico. Acabou por vencer porque era o melhor dos políticos concorrentes à votação, e Portugal pôde, enfim, perceber que os debates presidenciais americanos não eram mais uma excentricidade ‘made in USA’ a par das blue jeans e do rock’n’roll.
Num programa com o título ‘Actual’, Miguel Sousa Tavares moderou na RTP 1 seis frente-a-frente entre os quatro principais candidatos, num modelo muito semelhante ao que se adoptou na actual campanha. Depois do Freitas-Zenha, Mário Soares estreou-se em confronto com Lourdes Pintasilgo. Já depois do Natal, houve Freitas-Pintasilgo, Soares-Zenha, Zenha-Pintasilgo e, enfim, Soares-Freitas, em 9 de Janeiro de 1986. Registou-se uma forte adesão dos telespectadores e o debate mais forte aconteceu entre os compadres durante muito anos unidos na liderança do PS. Soares cavou frente a Zenha uma decisiva vantagem eleitoral. Acusado de ‘anticomunista’ e ‘antieanista’, o futuro vencedor das eleições desfez a argumentação como homem da Liberdade. Relativamente a Eanes, disse “não conhecer” qualquer ideia política.
Para a única vez que um escrutínio presidencial obrigou a 2.ª volta, Mário Soares e Freitas do Amaral voltaram a enfrentar-se na RTP a 4 de Fevereiro de 1986. Foi uma noite memorável de combate político. O candidato do sobretudo verde ‘loden’ sentiu enormes dificuldades em manter a sua proverbial ‘imagem de serenidade’ perante uma ofensiva sem tréguas do candidato da esquerda, infatigável ao longo de hora e meia. A vitória era nas previsões muito difícil para Soares, mas este debate e esta eleição constituem um enorme desafio ao estudo sociológico do que pode mudar numa votação a caixa que mudou o Mundo. É verdade que o secretário-geral do PCP, Álvaro Cunhal, acabou por recomendar aos comunistas para porem uma mão à frente dos olhos e votarem no quadrado certo, mas a prestação vibrante de Soares na TV transformou o sofrimento de ‘engolir um sapo’ no prazer de comer um joaquinzinho.
Nada foi como dantes nos debates TV após a vitória de Soares. Cavaco Silva ainda resistiu no alto das suas funções de primeiro-ministro, evitando dar confiança aos adversários na conquista de duas maiorias absolutas em mandatos e também em votos nas Legislativas de 1987 e 1991, mas na hora da sucessão em 1995, Fernando Nogueira (PSD) teve de ir a dois debates com António Guterres (PS). Guterres e Nogueira enfrentaram-se, já em tempo de televisões privadas, na RTP 1, a 6 de Setembro de 1995, com José Eduardo Moniz e Maria Elisa a moderar, e uma semana depois, a 13, na SIC, na presença de Miguel Sousa Tavares, pioneiro na tarefa, e Margarida Marante. Datam deste tempo os últimos protestos públicos, com assobios dos marginalizados às portas das TV. Carlos Carvalhas, então a liderar o PCP, fez ouvir a sua voz contra os critérios jornalísticos de debates realizados antes do tempo oficial de campanha com os líderes dos dois principais partidos e, de facto, candidatos à nomeação para primeiro-ministro.
Para além do desgaste do PSD após dez anos no poder, oito dos quais com maiorias absolutas, os debates na TV impuseram sem dúvida uma imagem dialogante de António Guterres, genuíno nas suas preocupações sociais e no avanço para a criação de um rendimento mínimo para os portugueses mais desfavorecidos. Como Soares. Ele ganhou na TV e nunca mais deixou de ser realmente assim nas eleições em Portugal.
PRIMEIRO E MAIS LONGO: 3H40 COM SOARES E CUNHAL
O primeiro autêntico confronto político na TV em Portugal, entre Mário Soares e Álvaro Cunhal, em inícios de Novembro de 1975, não foi por causa de qualquer campanha eleitoral mas para ver se era possível travar a lógica de guerra civil que ninguém desejava. O debate durou 3h40m, na maior parte do tempo com os telespectadores a verem o ecrã divido em dois, com os interlocutores lado-a-lado quando estavam frente-a-frente, com vários metros de distância e separados pelos moderadores.
FEVEREIRO DE 2005 NA SIC: SÓCRATES VS SANTANA LOPES
Duas semanas antes das eleições legislativas de 2005, José Sócrates (do PS) e Santana Lopes (PSD) encontraram-se num frente-a-frente único. O debate foi exibido pela SIC e RTP 2 e moderado por Rodrigo Guedes de Carvalho. Tomaram contacto com o debate na SIC 3 823 400 pessoas e 1 898 000 na RTP 2. Sócrates falou durante 35 minutos, divididos por 20 intervenções, e Santana Lopes teve 38 minutos, 21 intervenções (dados da Marktest).
MIGUEL SOUSA TAVARES: DE FORA PELA PRIMEIRA VEZ
“Esta é a primeira vez, em 22 anos, que não vou moderar debates pois estarei no Brasil, a apresentar o meu último livro. Tenho pena porque desde 1987 que fiz todos os debates para as três estações. Se os debates televisivos não tivessem importância os políticos não os faziam. É muito melhor do que fazer comícios. E acho que os 45 minutos são mais do que suficientes para esclarecer o eleitorado. As audiências, essas variam conforme os intervenientes. Penso que o debate entre Manuela Ferreira Leite e José Sócrates poderá ser o mais visto”.
QUEM MODERA OS DEBATES
RTP1
Estação pública vai exibir quatro dos dez debates
Judite de Sousa: Directora-adjunta de Informação modera os debates PS/PCP, PS/BE, CDS-PP/PSD e CDS-PP/BE.
SIC
O canal privado exibe o encontro Sócrates- Ferreira Leite
Clara de Sousa: A pivô do ‘Jornal da Noite’ modera três debates, entre os quais o final entre os líderes do PS e do PSD.
TVI
A estação de Queluz exibe três debates, gravados em Paço d’Arcos
Contança Cunha e Sá: A editora de Política da TVI inaugurou os debates dia 2, entre os líderes do CDS-PP e do PS.
OS PRÓXIMOS FRENTE-A-FRENTE
Os debates são todos gravados num local neutro: os estúdios Valentim de Carvalho, em Paço D’arcos
05 Setembro: José Sócrates- Jerónimo de Sousa (RTP)
06 Setembro: Francisco Louçã- Ferreira Leite (TVI)
07 Setembro: Paulo Portas- Jerónimo de Sousa (SIC)
08 Setembro: José Sócrates- Francisco Louçã (RTP)
09 Setembro: Ferreira Leite- Jerónimo de Sousa (TVI)
10 Setembro: Paulo Portas- Ferreira Leite (RTP)
11 Setembro: Paulo Portas- Francisco Louçã (RTP)
12 Setembro: José Sócrates- Manuela Ferreira Leite (SIC)
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