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"Posso vir a escrever uma novela"

Virgílio Castelo, autor do romance ‘O Último Navegador’, actor e consultor de Ficção da SIC, tem mais obras em mente.

17 de outubro de 2008 às 00:00

- Lançou o primeiro livro, ‘O Último Navegador’, editado pela Esfera dos Livros. E já tem mais dois em mente, um sobre o amor e outro sobre Deus. Admite a hipótese de vir a escrever uma novela?

- Já escrevi uma há muitos anos, em parceria com a Maria João Mira, ‘Sonhos Traídos’ [TVI], embora a minha participação fosse minoritária. Não ponho de parte essa hipótese. É uma questão de ver como é que as coisas evoluem nos próximos tempos. Mas não é de todo uma prioridade para mim. Apetece-me muito mais escrever dois novos romances do que uma telenovela.

- O Virgílio tem um papel de destaque na nova novela da SIC, ‘Podia Acabar o Mundo’. Como é estar na pele do vilão Eduardo? Gosta de se ver?

-Há muito que não fazia um vilão. E gosto imenso de os fazer. Mas digamos que os vilões têm sempre uma vantagem sobre os heróis. Para mim, são mais fáceis de fazer, porque o herói é um homem normal numa situação de excepção e o vilão é um homem excepcional numa situação normal.

- Qual é essa vantagem?

- É mais fácil um actor meter tudo o que lhe vem à cabeça num vilão porque tudo lhe é permitido. Para mim, é muito divertido estar a fazer esta personagem.

- A sua personagem é movida pela vingança contra o major Louro, pai de Rodrigo (Diogo Morgado), na sequência do testemunho que ele deu contra Eduardo e que levou a que este fosse preso?

- É esse trauma que origina a violência de Eduardo sobre a mulher, Luísa Morais (Ana Padrão), e sobre Nazaré (Maria das Graças)?

- Sim. Está tudo ligado a esse trauma de infância muito marcante.

- Como consultor para a Ficção Nacional da SIC, como vê as audiências da novela ‘Podia Acabar o Mundo’, muito abaixo das da TVI?

- Mas, enquanto consultor, gostava, decerto, de ver a telenovela com melhores audiências?

- Considera ‘Podia Acabar o Mundo’ um projecto, de facto, inovador?

- Cumpriu o que pretendia como consultor deste projecto?

- Na sua opinião, ‘Podia Acabar o Mundo’ é uma boa história, com garra para agarrar o público?

- De qualquer modo as audiências têm revelado que o forte da ficção nacional é a novela típica da TVI. Quer pronunciar-se?

- O objectivo é que não haja nenhum canal a copiar os outros?

- Como é que surgiu a ideia de ir buscar uma canção antiga do Herman José, com letra dele e da Rosa Lobato Faria, para dar o nome à novela?

- Quem é Benjamim, o protagonista deste seu primeiro romance, ‘O Último Navegador’?

- Poderia adaptar o livro à ficção televisiva?

PERFIL: O PERCURSO

Virgílio Castelo nasceu em Lisboa a 26 de Fevereiro de 1953. Estudou Representação na Escola de Artes da Universidade de Estrasburgo, como bolseiro da Fundação Calouste Gulbenkian. Foi co-fundador do Grupo de Teatro Ad Hoc. Nos anos 90, apresentou na RTP o programa ‘Isto só Vídeo’. Contracenou com Alexandra Lencastre, sua antiga mulher, na série ‘Ana e os Sete’ (TVI). Entrou em várias telenovelas, como o remake de ‘Vila Faia’, em exibição na RTP 1. Neste ano, tornou-se consultor de Ficção da SIC, onde integra o elenco da novela ‘Podia Acabar o Mundo’. É casado com a fotógrafa Maria Lucena, com quem tem uma filha de quatro anos.

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