Pluris Investments tem em vista a eventual compra até 30,22% da Media Capital.
A Prisa anunciou esta sexta-feira que assinou um memorando de entendimento com a Pluris Investments, empresa do empresário português Mário Ferreira, tendo em vista a eventual compra até 30,22% da Media Capital, dona da TVI.
"Prisa e Pluris Investments, sociedade portuguesa de Mário Ferreira, assinaram um memorando de entendimento relativo a uma possível operação de aquisição por parte de Pluris de até 30,22% do capital social da subsidiária cotada portuguesa Media Capital SGPS", refere o grupo espanhol, em comunicado ao regulador de mercado.
O objetivo do memorando de entendimento é "estabelecer os termos e condições iniciais sobre os quais as partes estariam a realizar a transação" e "as medidas a serem tomadas para a conclusão da transação, incluindo contactos preliminares junto" das "autoridades reguladoras portuguesas e a obtenção prévia de uma renúncia de certos credores da Prisa", refere a Prisa.
O fim do período de exclusividade é 15 de maio.
"As partes preveem formalizar a operação mediante a execução de uma transmissão em bloco de ações de acordo com os termos e condições 'standard' para este tipo de operações. O memorando de entendimento também prevê que, imediatamente após a execução da operação, sejam adotadas as medidas necessárias para que a Pluris tenha uma representação adequada (não de controlo) no Conselho de Administração da Media Capital", refere o grupo espanhol.
Embora a Prisa continue a ser "o único acionista de controlo da Media Capital e não haja um pacto de acionistas entre as partes, a Prisa considera a Pluris um coinvestidor ideal na Media Capital", adianta.
E justifica a razão: "O compromisso que demonstrou com Portugal e a sua economia; o compromisso de apoiar e ajudar a equipa de gestão da Media Capital com a sua experiência financeira; a sua trajetória como investidor responsável e orientado para o crescimento; e o seu compromisso e capacidade para proporcionar, se for necessário, financiamento adicional" à dona da TVI.
O anúncio deste acordo acontece pouco mais de um mês e meio (11 de março) depois de a Cofina ter desistido de comprar a Media Capital, após ter falhado o aumento de capital.
O aumento de capital da Cofina era no montante de 85 milhões de euros para financiar a compra da TVI, mas a dona do Correio da Manhã conseguiu pouco mais de 82 milhões de euros.
Na altura, Mário Ferreira, dono da Douro Azul, também esteve envolvido na operação, tendo entrado no aumento de capital da Cofina.
Aliás, no dia em que a Cofina anunciou a desistência do negócio, foi comunicado ao mercado que a Pluris Investments e o empresário Mário Ferreira, dono da Douro Azul, detinham em conjunto uma participação de 2,072% da dona do Correio da Manhã, num total de 2.125.200 ações.
Depois da compra destes títulos, a Pluris ficou com 2.050.000 ações, representativas de 1,998% do capital da dona da Cofina, e Mário Ferreira ficou a deter 75.200 ações do grupo (0,073%).
Na ocasião Mário Ferreira manifestou "grande surpresa" com a decisão de cancelamento da operação por parte da Cofina, garantindo não ter "sido consultado" e ter subscrito "todo o montante do capital" acordado.
"Da minha parte cumpri com aquilo a que me comprometi, subscrevi todo o montante do capital que me pediram e me facultaram para subscrever. De facto, foi para mim uma grande surpresa", afirmou Mário Ferreira em declarações à agência Lusa, em 11 de março.
Entretanto, na quarta-feira (22 de abril), fonte oficial do grupo Bel confirmou à Lusa que o empresário Marco Galinha, presidente executivo da empresa, tinha apresentado, em consórcio, uma proposta de compra da Media Capital no início do mês.
Assiste-se agora à quarta tentativa de compra da dona da TVI, depois de a Cofina ter desistido e de terem falhado dois acordos anteriores -- em 2009/2010 da Ongoing e em 2017/2018 da Altice.
Já no dia 7 de julho, fonte oficial da Cofina veio reafirmar o interesse do grupo na aquisição da Media Capital"A Cofina nunca deixou de estar interessada na aquisição da Media Capital. Nos contactos que manteve sempre deixou claro que os valores de aquisição deveriam ser ajustados quer à realidade da empresa, quer ao contexto que atravessamos.", adianta fonte da Cofina.
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