page view

Reportagem no Porto acaba em sequestro

Uma queixa de sequestro contra Vítor Fernandes, administrador de uma empresa que fornece conteúdos para a Invicta TV, foi apresentada quarta-feira na PSP do Porto pelo jornalista Miguel Coutinho, colaborador do ‘Expresso’. Tudo terá acontecido, ao que o CM apurou, na sequência de um trabalho de reportagem sobre o canal, que, previsivelmente, o semanário publica hoje.

25 de novembro de 2006 às 00:00

O jornalista declinou comentar o caso, mas o CM soube, junto de uma fonte ligada ao processo, que o jornalista terá sido forçado por Vítor Fernandes a permanecer numa sala durante cerca de 20 minutos, enquanto aguardava a chegada da Polícia.

Vítor Fernandes também apresentou queixas contra Miguel Coutinho, na PSP e na Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC). O administrador do Grupo Norte Rádio e Televisão, a empresa que fornece conteúdos à Invicta TV, acusa Coutinho de se ter feito passar por seu advogado junto de uma fonte “para obtenção ilícita de informações e acesso a fontes de informação”, diz, em comunicado, Fernandes.

O caso terá ocorrido quarta-feira quando o jornalista em questão e o fotógrafo do jornal se deslocaram à Invicta TV. O objectivo dos profissionais era tirar uma fotografia a Vítor Fernandes, para que o trabalho de reportagem ficasse concluído. À chegada, o administrador tê-los-á mandado sentar, questionando Miguel Coutinho sobre se tinha contactado com determinada fonte, ao que o jornalista terá respondido que sim. Segundo a mesma fonte, o administrador pegou no telefone e questionou a pessoa que o ouvia se o jornalista se tinha feito passar junto dela como advogado dele.

Vítor Fernandes, segundo a nossa fonte, disse entretanto ao jornalista que não podia sair da sala enquanto não chegasse a Polícia. “Chamou dois ‘capangas’ e a própria Polícia pôde testemunhar que a porta estava trancada quando chegou ao local”, explicou a nossa fonte, adiantando, por outro lado, que “o jornalista nunca se fez passar por advogado do administrador”.

Confrontado pelo CM, Vítor Fernandes negou os acontecimentos. “Sequestro é quando se foge com alguém para longe da Polícia e não quando se está com alguém à espera da Polícia”, disse. “Tenho os funcionários da empresa como prova em contrário”, referiu.

Tem sugestões ou notícias para partilhar com o CM?

Envie para geral@cmjornal.pt

o que achou desta notícia?

concordam consigo

Logo CM

Newsletter - Exclusivos

As suas notícias acompanhadas ao detalhe.

Mais Lidas

Ouça a Correio da Manhã Rádio nas frequências - Lisboa 90.4 // Porto 94.8