A Google está a atravessar uma nova crise com o mercado publicitário. Tudo porque uma investigação da BBC e do jornal ‘The Times’ revelou que haverá cerca de 100 mil contas ativas de predadores sexuais na plataforma de vídeos YouTube a comentar vídeos com crianças. Estes utilizadores recorrem a comentários explícitos para atrair os menores.
A notícia caiu que nem uma bomba e levou marcas como a Adidas, Mars, Lidl, Mondelez, Deutsche Bank e Diageo a retirar os seus investimentos publicitários do YouTube com receio de verem os seus anúncios associados a estes vídeos.
O YouTube garante que está a trabalhar com "urgência" para eliminar este tipo de conteúdos. É que as contas destes predadores não foram identificadas devido à existência de problemas com o sistema de denúncias da Google.
De resto, desde a passada sexta-feira, a plataforma de vídeos começou a remover conteúdos, o que levou a que canais com milhões de subscritores tenham ficado inativos. Já foram encerrados "mais de 50 canais" e eliminados "milhares de vídeos", anunciou a vice-presidente de gestão de produto do YouTube, Johanna Wright.
Recorde-se que esta é a segunda crise com anunciantes que a Google enfrenta este ano.
Em março, dezenas de marcas puseram fim aos seus acordos publicitários com o YouTube por não quererem ver as suas campanhas associadas a conteúdos produzidos por grupos extremistas e não serem acusadas de financiar terroristas.