Após suspensão, Jimmy Kimmel regressa ao ecrã com críticas a Trump e alcança audiência histórica

Jimmy Kimmel regressou esta terça-feira, 23 de setembro, à televisão norte-americana, depois de uma semana de suspensão pela ABC, e atingiu números históricos. O programa 'Jimmy Kimmel Live!' teve 6,26 milhões de telespectadores, a maior audiência regular desde 2015. Entre adultos de 18 a 49 anos, a audiência atingiu 0,87, a mais alta desde 2015, e o monólogo de Kimmel acumulou mais de 26 milhões de visualizações no YouTube e nas redes sociais.

Durante o episódio, o apresentador teceu críticas à estação, à Federal Communications Commission (FCC) e atacou ainda Donald Trump e os esforços da direita para cancelar o seu programa. "É antinorte-americano. Isso não é legal", afirmou, referindo-se às estações que retiraram o seu programa do ar. Kimmel criticou ainda a Casa Branca por "celebrar que os norte-americanos percam os seus meios de subsistência porque não aguenta uma piada".

"Ele [Trump] fez tudo para cancelar o meu programa, mas, em vez disso, forçou milhões de pessoas a assistir", afirmou o apresentador no seu monólogo.

O humorista quis deixar claro que nunca teve intenção de fazer piadas sobre o assassinato do ativista conservador Charlie Kirk, mostrando-se visivelmente emocionado. "Não tenho ilusões de mudar a opinião de ninguém, mas quero deixar claro que nunca foi minha intenção menosprezar o assassinato de um jovem."

Jimmy Kimmel agradeceu o apoio dos fãs, incluindo o de pessoas que normalmente não gostam dele, e até de políticos como o senador republicano Ted Cruz. 

Quem não ficou contente com o regresso foi o presidente dos Estados Unidos que considerou o regresso do programa inaceitável e admitiu ponderar uma ação criminal contra a ABC, acusando a rede de ser "mais um braço do DNC [sigla em inglês do Comité Nacional Democrata]" e de transmitir "99% de tretas positivas para os democratas".

"Acho que vamos testar a ABC sobre isso. Vamos ver como vamos fazer. Da última vez que os processei, eles deram-me 16 milhões de dólares [13,6 milhões de euros]", escreveu Donald Trump na sua rede social, Truth Social.

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