Apresentador do 'MasterChef' acusado de 45 denúncias de assédio sexual
Um relatório recente confirmou 45 das 83 denúncias de assédio sexual contra Gregg Wallace, que incluem assédio, nudez, piadas sexuais e comentários racistas.
Gregg Wallace, apresentador do 'MasterChef' no Reino Unido, foi acusado de 45 das 83 acusações de assédio sexual e conduta imprópria que lhe foram imputadas. A confirmação surge na sequência de uma investigação independente conduzida por um escritório de advocacia a pedido da produtora Banijay, responsável pelo formato no Reino Unido.
O relatório final da investigação, tornado público esta semana, revela comportamentos de Wallace ao longo de vários anos, incluindo contacto físico indesejado, nudez no local de trabalho (em pelo menos três ocasiões), linguagem e humor de teor sexual inapropriado, bem como comentários culturalmente insensíveis e racistas.
As denúncias vieram à tona após uma reportagem da 'BBC News', divulgada no final de 2024, em que 13 vítimas, todas profissionais que trabalharam com o apresentador entre 2005 e 2022, detalhavam situações de assédio. Desde a emissão dessa reportagem, pelo menos 50 pessoas contactaram a emissora britânica com novos relatos de comportamentos impróprios protagonizados por Wallace, não só nos bastidores do 'MasterChef', mas também noutros contextos, como programas de televisão, eventos públicos e até em boates.
Várias figuras públicas confirmaram as alegações. O músico Rod Stewart afirmou que a sua mulher, Penny Lancaster, foi humilhada por Wallace quando participou no 'MasterChef Celebridades', mas a cena acabou cortada da emissão. A atriz Emma Kennedy contou ter testemunhado o momento em que o apresentador tocou no rabo de uma assistente, enquanto Kirsty Wark, que também integrou o elenco do programa em 2011, referiu o uso de "linguagem sexualizada" que causou desconforto geral nos bastidores.
Gregg Wallace, de 60 anos, foi despedido na semana passada. Durante o processo de investigação, foi revelado que o apresentador recebeu um diagnóstico de autismo, informação que foi incluída no relatório como um fator a ter em conta "no contexto da sua neurodiversidade". No entanto, esta associação foi fortemente criticada por instituições especializadas em autismo, que consideram a ligação entre o diagnóstico e os comportamentos abusivos "inapropriada e perigosa".
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