Ex-príncipe André é alvo de piadas entre os funcionários da família real

O ex-príncipe André, agora referido apenas como André Mountbatten-Windsor tornou-se alvo de humor sarcástico dentro das próprias estruturas da família real britânica. Envolvido em escândalos ligados ao criminoso sexual Jeffrey Epstein, o irmão de Carlos III enfrenta um novo pedido do Congresso dos EUA para depor sobre a relação que manteve com o norte-americano — um pedido ao qual ainda não respondeu.

De acordo com informações avançadas pelo Radar Online, André recebeu a intimação a 6 de novembro, com um prazo de duas semanas para dar uma resposta. Por não ser cidadão norte-americano, não é obrigado a cooperar. Ainda assim, a ausência de qualquer reação por parte do antigo príncipe não surpreendeu aqueles que lidaram com ele ao longo dos últimos anos.

Entre funcionários da monarquia, o silêncio de André tornou-se motivo para piadas de humor tipicamente britânico. "Pedir transparência ao André é como pedir a um corgi [raça dos cães da rainha] que faça a sua declaração de impostos", ironizou um assessor do palácio. 

Os trabalhadores, muitos deles marcados por anos de más experiências ao serviço do ex-duque, criaram até expressões próprias para gozar com o incumprimento do prazo legislativo, entre elas “André Standard Time” (“Horário Padrão de André”) e “Prat Mean Time” (“Horário Médio do Idiota”, num trocadilho com Greenwich Mean Time). A mensagem é clara: André vive no seu próprio fuso horário e pontualidade não é a sua especialidade.

Segundo a mesma fonte, há um certo sabor a vingança nas brincadeiras internas. "Toda a gente percebe que já passou da hora de André encarar os factos e ir aos Estados Unidos partilhá-los, excepto ele. Ele vive nos seus próprios fusos horários, e o pessoal tem-se divertido a adaptar siglas de fusos horários globais para brincar com ele. Funcionários que ele tratou mal e abusou durante anos estão, sinceramente, a adorar a sua queda."

Recorde-se que André foi oficialmente destituído dos seus títulos e honrarias reais, uma decisão motivada pela ligação ao financista Jeffrey Epstein, condenado por pedofilia. O duque, de 65 anos, também foi obrigado a deixar a Royal Lodge, residência que ocupava desde 2008 no terreno do Palácio de Windsor. Estas medidas são consequência direta da publicação do livro de memórias de Virginia Giuffre, 'Nobody's Girl', onde são retomadas as alegações que ligam André à rede criminosa do financista Jeffrey Epstein, algo que o ex-príncipe sempre negou.

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