Impressionante: as confissões e remorsos de Maria das Dores após morte do marido

Aos 59 anos, a socialite assume todos os detalhes do “crime hediondo” que cometeu ao encomendar a morte do marido Paulo Cruz, em 2007. Fala sobre a vida no Estabelecimento Prisional de Tires e do afastamento do filho mais novo.

21 de setembro de 2019 às 14:08
Maria das Dores Foto: Cofina
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Ao fim de 12 anos de silêncio, Maria das Dores, a mandatária da morte do empresário Paulo Cruz, descreve em livro todos os detalhes do "crime hediondo" que ordenou a 20 de janeiro de 2007, numa das propriedades da família na avenida António Augusto Aguiar, em Lisboa.

Na obra ‘Eu, Maria das Dores, me Confesso’, que chega agora às bancas, a socialite diz que nunca premeditou a morte do marido, mas admite que teve "cinco minutos de apagão de bom senso e lucidez", nos quais ordenou ao motorista João Paulo Silva e a outro amigo do empregado, Paulo Horta, a morte do então companheiro:

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"O medo de ficar sozinha cegou-me. A raiva por me sentir desprezada anulou-me. Estava com ciúmes por saber que ele [Paulo Cruz - o marido] já não me olhava como a ‘Mimi’ [como era carinhosamente tratada por amigos e familiares] que o tinha seduzido... Agora, aos seus olhos, eu era apenas a Maria Gorda, uma mulher envelhecida e cheia de dores [fruto da amputação de parte do braço esquerdo]. O Paulo tinha-se cansado de mim."

Maria admite que tentou evitar o crime, por arrependimento, mas não terá chegado a tempo.

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"Não faças nada, por favor - supliquei-lhe [referindo-se ao motorista] - Vou subir. - ‘É melhor que não suba’. O tom de voz dele assustou-me. E, por isso, arranquei com o carro e segui o plano. Se tivesse subido, teria conseguido evitar o assassinato? Ou talvez também me tivessem matado a mim..."

Após o sucedido, a socialite encontrou-se com João Paulo Silva no Campo Grande para pagar o valor acordado.

"Tenho na mala os 1500 euros que prometi pelo trabalho das torneiras. Na realidade, é o dinheiro com que ordenei o assassínio."

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A socialite nega os valores exorbitantes muitas vezes mencionados pela imprensa: "Não lhe prometi 150 mil euros do dinheiro do seguro. Não prometi esse dinheiro ao João Paulo. Apenas lhe falei dos 1500 euros. Foi o que lhe paguei, nesse dia, no Campo Grande, minutos depois de cometer o homicídio."

Maria acabou por ser detida a 6 de fevereiro de 2007. Foi encaminhada para interrogatório na polícia e negou sempre o alegado envolvimento na morte de Paulo Cruz.

"Menti. Nos interrogatórios, no julgamento e depois também na prisão. Demorei muitos anos a assimilar o que tinha feito. Demorei todo este tempo até estar preparada para confessar", descreve.

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A socialite ficou detida no Estabelecimento Prisional de Tires até à data do primeiro julgamento. Acabou por ser condenada a 23 anos de prisão, em novembro de 2008. Conseguiu a revisão da pena para 21 anos.

Toda a história hoje na revista Vidas do Correio da Manhã

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