Cantor lamenta falta de respostas do Ministério Público sobre o acidente que vitimou a filha e garante que não culpa Ivo Lucas.
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Cinco meses após a morte repentina da filha Sara, Tony Carreira, quebra o silêncio sobre o sofrimento que se abateu sobre a família nos últimos tempos numa conversa intimista com Manuel Luís Goucha. O artista assume-se como um "outro homem" desde que perdeu a sua "princesa" no dia 5 de dezembro, na sequência de um acidente de viação na A1.
"A vida não tem sentido depois da perda de uma filha e eu estou a tentar encontrar um sentido. É muito complicado responder a essa pergunta [como é que se supera a morte de uma filha] porque tenho mais dois filhos e a vida tem de continuar. Eles percebem porque sabem que é a dor que está a falar. Mas tenho mais dois rapazes e tenho de me agarrar a eles", começa por contar Tony, acrescentando que, ao longo dos últimos cinco meses, não houve um dia em que não tenha ido ao cemitério, e que tem passado por vários processos de luto.
"Quando a minha filha partiu foi de uma violência extrema. Morri por dentro, ainda estou a tentar encontrar alguma vida cá dentro. Bebi mais do que devia, não tenho problemas em dizer, parecia um zombie. Depois, veio alguma violência, fui injusto com pessoas que amo muito, revoltei-me".
Emocionado, o cantor de sonhos deixou o apresentador por várias vezes em lágrimas ao relatar a sua angústia, mas também ao falar daquilo que pretende fazer no futuro: ajudar crianças e jovens a percorrer os seus sonhos, através da Associação Sara Carreira, um projeto idealizado pelo clã.
"Eu já não conto. Já deixei de pensar em mim, mas espero através da associação da minha filha encontrar um sentido. Estou à espera de respostas, de perceber o porquê de a vida ser tão injusta [...] Tudo me faz falta na Sara. Ela era luz, era alegria. Era a minha princesa, a mulher da minha vida. Nunca vi a Sara a falar mal de ninguém. Ela foi muito o equilíbrio na minha separação, por exemplo. Era um ser especial, tenho milhões de recordações com a Sara".
A união com Fernanda
Ao longo de 30 minutos, Tony descreveu a importância dos filhos David e Mickael, preciosos neste processo de luto, que admite será para sempre, mas também da ex-mulher, Fernanda Antunes, que considera o seu porto de abrigo. "A ida da Sara uniu-nos ainda mais, sempre fomos e ainda hoje somos uma família. É vital estarmos juntos, os quatro. Se eu sinto que a Fernanda não está bem, eu tenho de a ajudar e se ela sente que eu não estou bem, ela tem de me ajudar", explica, descartando, no entanto, uma reconciliação. "O meu coração está ocupado", diz, referindo-se à namorara Ângela Rocha.
Nestes dias e meses difíceis, o cantor tem encontrado o seu refúgio em estúdio a compor, até porque os piores momentos são os de solidão. "A noite é terrível, mas pior ainda é o acordar. É um vazio total".
Ao recordar o fatídico acidente da filha, Tony Carreira lamentou a falta de conclusões da investigação do ministério público e não deixou de dedicar algumas palavras a Ivo Lucas, que conduzia o Range Rover no dia da tragédia.
"Eu não sou amigo do Ivo, mas ele sempre tratou bem a minha filha. Teve a fatalidade de ir ao volante daquele carro, mas podia ter sido eu. Há um inquérito, e só se vier de lá uma coisa horrível... Mas já disse isto ao Ivo: ‘não te vou condenar, não te vou julgar’. A minha filha amava-o. E ela não iria querer que eu fosse inimigo do Ivo".
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