A edição de hoje
Depois de três décadas de silêncio por causa de ameaças, John Dunton conta toda a "verdade".
Quase 30 anos depois de ter sido inocentado pela morte da mulher, afinal OJ Simpson pode ter estado mesmo envolvido no assassinato de Nicole Brown e do seu amante Ron Goldman, a 12 de junho de 1994. Quem é o garante é uma antiga testemunha, que surge agora, após a morte de OJ Simpson, e que esteve em silêncio nas última três décadas por temer pela sua própria vida.
Segundo o MailOnline, a testemunha coloca o antigo jogador de futebol americano no local do crime, garantindo que OJ Simpson não só contratou um grupo de gangsters para cometer o assassinato como ficou a assistir ao massacre e ao esfaquemanto violento da mulher, ela que acabou por sucumbir a sete facadas no pescoço e na cabeça.
A testemunha em causa é John Dunton, um homem de 62 anos, que em declarações ao detetive particular Paul Barresi (que já trabalhou para Sharon Stone e Amber Herd), garante que OJ Simpson "é absolutamente responsável" pelos dois assassinatos já que contratou quatro gangsters da família Gambino (uma das cinco famílias que controlavam o submundo do crime em Nova Iorque). "Ele sabia que esses homens a iam matar e estava lá para ver". Dunton explicou ainda que decidiu falar agora, primeiro porque OJ Simpson morreu esta semana e depois porque também parte dos gangsters em causa já não estão entre nós. "Estou muito feliz que ele esteja morto. Tenho vivido num inferno estes anos todos"
Apesar ter falado com a polícia de Los Angeles aquando da investigação ao duplo assassinato, em 1994, John Dunton decidiu ficar em silêncio depois de ter sido ameaçado (ainda esteve 23 dias preso por se ter recusado a responder em tribunal às perguntas dos juizes). O homem conta agora que chegou a estar com o cano de uma arma enfiado na boca, sob a ameaça de morte, ameaça essa que chegou também à sua família. Afiança ainda que OJ Simpson o tentou contactar várias vezes, mas que sempre fez de tudo para evitar qualquer encontro.
Recorde-se que OJ Simpson morreu esta semana, aos 76 anos, vítima de cancro na próstata, rodeado pela sua família. Em outubro de 1995 foi ilibado da morte da mulher naquele que foi considerado o 'julgamento do século' com mais de 150 milhões de pessoas a assistirem ao veredito pela televisão. Em 2007, no entanto, voltou a enfrentar problemas com a justiça ao ser preso em Las Vegas por assalto à mão armada, sequestro e organização criminosa. Foi condenado a 33 anos de cadeia, mas viria a ser solto em 2017 sob liberdade condicional.
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