page view

Eduardo Sá fala sobre o acidente que o deixou numa cadeira de rodas e critica meios de socorro

O psicólogo caiu em casa e fraturou a coluna. Durante o transporte para o hospital deixaram-no cair duas vezes.

11 de outubro de 2025 às 19:39

O psicólogo e professor universitário Eduardo Sá voltou a abordar publicamente o acidente doméstico que, segundo confessou, mudou "completamente" a sua vida há quatro anos e o deixou dependente de uma cadeira de rodas. 

Segundo o conhecido psicólogo, o incidente ocorreu pouco depois de se ter mudado para uma aldeia em Aveiro. Uma queda doméstica provocou uma fratura na coluna que, de acordo com as suas palavras, resultou numa lesão considerada irreversível e na necessidade de utilizar uma cadeira de rodas para se mover. 

“Eu ensinei toda a minha vida o sistema nervoso e, portanto, quando eu desmaiei e tive o azar de fraturar a coluna, eu, naquele momento, percebi o que é que tinha em mãos. Fiquei absolutamente imóvel. Percebi perfeitamente o que é que tinha acontecido”, começou por contar no 'Alta Definição', da SIC.

Eduardo Sá descreveu ainda os momentos que imediatamente se seguiram ao acidente e o socorro recebido. Revelou que chamou o INEM, mas foi atendido por profissionais da Cruz Vermelha, cuja atuação criticou duramente: 

"Tive uma cólica biliar e, em vez de ir desmaiando, como já me tinha acontecido muitas vezes, fiz uma síncope e caí a pique. stava no quarto de banho e bati com as costas no bidé. Chamei o INEM, veio a Cruz vermelha, fui super maltratado pela Cruz vermelha, deixaram-me cair várias vezes. Portanto, eu acho que agravei a lesão por causa... prefiro não adjetivar, dos atos daquela pessoa…”, explicou. 

O psicólogo relatou o impacto físico e emocional do episódio, recordando que esteve seis meses internado nos hospitais de Coimbra em recuperação, quatro dos quais sem ver os filhos. "Naquela noite tive dores insuportáveis. Passou-me tudo pela cabeça", lembrou.  

"Tive aquele pacote todo de cirurgias de sete, oito horas e acordei na enfermaria de pessoas que caíram e bateram com a cabeça. Era uma enfermaria indescritível, porque tinha pessoas agitadíssimas, com episódios delirantes, às vezes, um bocado violentas. A minha primeira reação foi dizer que tive sorte. Se tivesse batido com a cabeça era uma tragédia. Mas eu tive a noção naquele momento do que ia fazer com isto, porque ia mudar toda a minha vida”, referiu.

Além das questões médicas, a conversa teve como epicentro a reinvenção pessoal e profissional. Eduardo Sá — conhecido por trabalhos em parentalidade e psicologia infantil — falou sobre o choque de ter de reaprender rotinas e sobre o esforço para manter a atividade profissional e a ligação com o público, acabando por deixar uma mensagem de resiliência: embora a vida tenha sido "radicalmente alterada", disse que manteve o "foco" sobre a vontade de continuar a trabalhar e a falar sobre temas que conhece bem. O episódio televisivo trouxe novamente à discussão pública a fragilidade humana e a importância de sistemas de emergência eficientes. 

Siga aqui o Vidas no WhatsApp para ficar a par das notícias dos famosos

Tem sugestões ou notícias para partilhar com o CM?

Envie para geral@cmjornal.pt

o que achou desta notícia?

concordam consigo

Logo CM

Newsletter - Exclusivos

As suas notícias acompanhadas ao detalhe.

Mais Lidas

Ouça a Correio da Manhã Rádio nas frequências - Lisboa 90.4 // Porto 94.8