Aos sete anos era apaixonado por patinagem artística e aos oito foi a um baptizado com colar e pulseiras. Sempre se sentiu uma diva... uma "mulher lésbica".
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"É verdade, sentia-me a Evita de Tete. Ia brincar com as minhas amigas ao Palácio do Governador e quando me vinha embora, em vez de descer logo as escadas e o chauffeur me levar a casa, ficava uns bons minutos na varanda, qual diva, com sete ou oito anos. Imaginava-me a acenar para os meus súbditos, para os meus seguidores. O meu primo Tozé, que morava lá perto, via-me no varandim com as bandeiras e eu dizia-lhe adeus qual Scarlett O'Hara 2". É assim que José Castelo Branco começa por contar a Ricardo Santos, autor do livro 'José Castelo Branco - Toda a Verdade', que a sua feminilidade se manifestou muito cedo, bem como a sua sede por protagonismo.
O 'conde', que chegou a ser modelo feminino e que na sua biografia assume que é como uma "mulher lésbica", pois "só com mulheres atinge o climax", e que desde o episódio da violação nunca mais teve qualquer tipo de relacionamento sexual com homens, nem como ativo, admite que a atração pelo universo feminino se manifestou ainda na infância e antes de ter sido abusado. Tinha uma paixão por patinagem artística, sobretudo pelo glamour das lantejoulas e dos maillots. "A primeira vez que fiz um show de patinagem artística, havia tropas e muita gente a assistir. As pessoas apupavam e aplaudiam o rapazinho de maillot, mas eu estava na maior", recorda.
O experimentalismo na moda também foi precoce. "Uma das viagens que fez em criança a Portugal, em 1972, foi para o batizado da sua sobrinha, Sandra, filha de Gabriela. Decorreu na igreja de São João de Deus, em Lisboa, e José, de oito anos, apresentou-se de colar e pulseiras com influências africanas: 'Eu não era normal para um rapaz. Tinha um sentido estético muito contemporâneo'", conta no livro.
Com nove anos começou a usar acessórios femininos. Ouvia tantas críticas como piropos. "'Os meus pais não me massacravam muito, mas o resto da família olhava para mim com ar de desaprovação.' Quando regressou a África, era uma criança diferente, "já vivia a indústria da moda, dava os meus primeiros passos em termos de referências", como afirma. Foi o tempo de usar calças La Finesse, que mandava vir por correio desde a África do Sul, sapatos de plataforma – 'fui o primeiro a tê-los em Tete' – e polos justos com o umbigo à mostra. Tinha dez anos de idade"
Os pais fecharam sempre os olhos aos devaneios de Castelo Branco. O progenitor, Francisco José Joaquim Frutuoso Vieira da Silva, homem de trabalho e negócios, apenas por duas vezes se referiu à diferença do filho, mas para elogiar. Uma vez encontrou-o a maquilhar-se e comparou-o a Sofia Loren. Outra vez, já em Portugal, quando o filho chegou de um desfile de Paris, gabou-lhes a formosura das pernas.
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