A edição de hoje
Ernesto Simão falou pela primeira vez sobre o testamento do cantor.
Antes de morrer, Marco Paulo decidiu que a família de sangue não iria herdar nenhuma parte da herança. Os dois irmãos - Alfredo e Ernesto - decidiram ficar em silêncio e não comentar o assunto. Até agora.
"A minha primeira reação foi: ‘Já? Ainda agora ele morreu… Estão a falar a sério? Não acredito. Se assim é, foi um ingrato, esteve muito mal. A família toda esteve com ele até ao último minuto de vida dele, só não fez por ele o que não pôde. Nunca esperei. Nunca ninguém da família lhe fez mal ou o tratou mal, antes pelo contrário’", começou por dizer à revista 'Nova Gente', sem esconder a indignação que sente.
Irmão mais velho de Marco Paulo atira: "Foi um ingrato. Nem temos direito às memórias de família"
"Ainda voltei a perguntar ao meu filho: ‘Não deixou mesmo nada para a família? Nem uma cadeira? Nem temos direito às memórias de família, dos meus pais e até dos meus avós, fotos de parede dos meus pais, objetos de família sem qualquer valor monetário, inclusive a pedra mármore da campa da minha mãe que estava no cemitério e que está lá na quinta?’”, questionou.
“Que mal lhe fizemos nós para ele ter essa atitude? O que é que a família toda lhe fez? Somos todos maus? Bom, a verdade é que ele nunca ajudou ninguém da família em rigorosamente nada, e nós também nunca lhe pedimos nada. Mas demos-lhe muito. Mas eu questiono: para que quer o Toni, o Marquinho e esse bombeiro as fotos que estão lá na quinta e que são da nossa família? Para meterem no lixo?”, atirou, de seguida.
Recorde-se que o testamento de Marco Paulo, que morreu a 24 de outubro aos 79 anos, tem feito correr muita tinta na imprensa. Em 2009, o cantor deixou um testamento que deixava os bens ao compadre, António Coelho, e ao afilhado, Marco António. Em 2023, mudou o testamento e deixou 10 por cento a Eduardo Ferreira, bombeiro de Braga.
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