Advogado de ator invoca várias nulidades. Diz que Nuno Homem de Sá não conseguiu dar a sua versão.
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São 201 páginas e 1020 factos contestados pela defesa de Nuno Homem de Sá à acusação por violência doméstica contra a ex-companheira Frederica Lima. E é, por isso mesmo, que a juíza ainda não marcou a data de arranque de julgamento, que vai decorrer no Tribunal de Loures, já no próximo ano. O advogado de Frederica Lima e o Ministério Público vão ter de se pronunciar sobre as nulidades que foram invocadas pelo ator.
O advogado Alexandre Guerreiro explica: “Vamos ter sempre julgamento, nem que seja sobre parte da acusação, uma vez que não estamos a querer deitar o processo todo abaixo.” Uma das nulidades prende-se com o facto de Nuno Homem de Sá ter pedido para ser ouvido apenas na presença de um advogado quando foi chamado pelo Ministério Público, ainda na fase de investigação.
Não mais houve requerimentos para prestar declarações, logo, segundo o advogado, Nuno Homem de Sá “não teve oportunidade de apresentar a sua versão”. A acusação saiu no final do mês de agosto. Num documento com cem páginas, o MP acusou Nuno Homem de Sá de agredir, ameaçar e insultar a ex-namorada Frederica Lima. Segundo a acusação, o ator proibia a vítima de ver televisão, ouvir música, comer, tomar banho, falar com familiares ou amigos quando ela quisesse, de sair à rua, de aceder a determinados espaços da residência, de sair da cama (exceto para ir trabalhar) e mexer no telemóvel enquanto ele dormisse e não se levantasse. E, quando ele se deitava de madrugada, obrigava-a a permanecer também acordada. Um autêntico pesadelo, que Nuno Homem de Sá desmente.
Outra das nulidades invocadas prende-se com a reabertura do inquérito em agosto de 2023. Em maio desse mesmo ano, Frederica fez queixa mas arrependeu-se: o Ministério Público arquivou. Três meses depois, repetiu a queixa, segundo o advogado, “sem meios de prova novos”. Nuno Homem de Sá aguarda julgamento em liberdade, mas, além do termo de identidade e residência, está proibido de se aproximar da ex-namorada.
O dispositivo de monitorização foi entregue no final de setembro. O ator, que perdeu vários trabalhos à conta deste processo, tem estado em casa a aguardar o início do julgamento, que lhe pode valer uma pena de prisão efetiva.
“Perícias fora de prazo legal”
O advogado Alexandre Guerreiro, ainda antes de apresentar a contestação, também pediu a nulidade das perícias informáticas ao telemóvel de Nuno Homem de Sá. “O exame preliminar não foi realizado nos 30 dias legalmente previstos”, disse o advogado ao nosso jornal. Nuno Homem de Sá foi alvo de buscas em casa: telemóveis e computadores foram levados por agentes da PSP. Pouco tempo depois, Nuno Homem de Sá era acusado por violência doméstica. O MP falava em perigo da continuidade da atividade criminosa, mas Nuno Homem de Sá ficou em liberdade.
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