José Gabriel Quaresma solicitou oficialmente o encerramento do Página Um, alegando “notícias falsas” e "irregularidades". Por sua vez, o jornal acusa-o de exercer atividades incompatíveis com o jornalismo.
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José Gabriel Quaresma, pivô da CNN Portugal, solicitou formalmente ao Ministério Público o encerramento do jornal digital Página Um, alegando "graves irregularidades" e "disseminação de notícias falsas". O pedido foi dirigido também à Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC), à Comissão da Carteira Profissional de Jornalista (CCPJ) e ao Sindicato dos Jornalistas (SJ).
A queixa levou o Página Um a pronunciar-se sobre este assunto no seu site. "Esta solicitação de encerramento de um jornal é inédita em Portugal no período da democracia, ainda mais por ser exigida por um jornalista de um importante órgão de comunicação social – a CNN, detida pela Media Capital e controlada pelo empresário Mário Ferreira – contra um jornal independente", pode ler-se no texto, que refere que na base da queixa estão artigos e uma crónica satírica que expõem atividades paralelas de Quaresma, nomeadamente a sua atuação como formador, coach e consultor de comunicação, funções que, segundo o Estatuto do Jornalista, são incompatíveis com o exercício do jornalismo.
José Gabriel Quaresma terá desenvolvido estas atividades através de uma empresa que oferece serviços de media training, consultoria e coaching: "Tem vindo, sobretudo nos últimos anos, e à boleia do seu estatuto de pivot da CNN, a desenvolver atividade intensa de formação e de coaching na área da comunicação, sobretudo através da empresa que criou em 2023, a Sardine Conjugation, e que nem sequer divulga as suas contas anuais, incumprindo a lei. Tem, além disso, conhecidas ligações maçónicas. Ainda recentemente foi ‘apanhado’ num vídeo de um ritual da Maçonaria ao lado de António Pinto Pereira, antigo deputado do Chega e candidato à autarquia de Cascais pela Nova Direita."
O jornal prossegue: "Quaresma detém 70% do capital social da empresa, sendo também seu gerente. No objeto social da empresa estão atividades incompatíveis com o jornalismo: 'consultadoria em comunicação, formação, media training e consultadoria online'. No site da Sardine Conjugation, onde José Gabriel Quaresma se apresenta como 'um especialista reconhecido, em comunicação, com experiência e capacidades técnicas e humanas que o posicionam como um guia essencial para quem procura aperfeiçoar as suas competências em comunicação', há uma panóplia de serviços que colocam em causa a isenção de um jornalista – além da ilegalidade."
José Eduardo Quaresma vai mais longe e acusa o referido jornal de ter tido acesso a "documentos de carácter privado" que estavam guardados no seu computador. O Página Um refuta esta afirmação, dizendo que apenas usou "printscreens de imagens das redes sociais e do site de José Gabriel Quaresma, de acesso público, exatamente para demonstrar as suas actividades incompatíveis, não havendo, pelo contrário, qualquer violação legal".
Além disso, o pivô da CNN questiona o modelo de financiamento do Página Um, que recorre a doações diretas dos leitores, o que na sua opinião "pode condicionar a linha editorial e a independência do jornal".
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