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Bailarino do 'Dança com as Estrelas' sofreu grave acidente de mota e esteve cinco dias em coma

Após regresso aos palcos, Renato Nobre recorda os tempos de maior sofrimento.

09 de julho de 2025 às 16:28

Renato Barros Nobre, bailarino que ganhou notoriedade através do programa 'Dança com as Estrelas', da TVI, esteve à conversa com Cláudio Ramos e Cristina Ferreira no 'Dois às 10'. Numa conversa dura e intimista, o bailarino relatou todos os pormenores do acidente de mota que sofreu em maio de 2023, que o deixou em coma e em risco de não voltar a andar. 

"O prognóstico sempre foi muito grave: sempre foi 'Renato, não vais voltar a andar como uma pessoa normal, começa a pensar em plano B, a dança vai ser muito difícil. (...) Emocionalmente foi muito difícil de contrariar, os médicos para nós são soberanos", começou por relatar, no vídeo exibido antes da sua entrevista no programa matutino.

Pouco tempo depois, percebeu que a situação era mais grave do que pensava e que as consequências seriam muito sérias. "Lembro-me de ter pedido ao meu irmão: ‘Então, mata-me'. Tive uma fratura periorbital, com alguma perda de visão, tive uma fratura do pulso esquerdo, perdi estes três dedos", acrescentou.

"Algumas lesões ao nível da urologia que comprometiam a quantidade de urina. Entrei em Alcoitão com suspeita de tetraplegia. Tive fratura do colo do fémur. Atualmente, tenho três parafusos na anca. Tive fratura do fémur, tenho uma cavilha do joelho até à anca. Descobriram à terceira semana de internamento uma fratura no polo inferior da rótula, portanto o meu joelho direito também ficou afetado", referiu.

"Durante sete meses e meio estive internado, entre Santa Maria, uma clínica privada a aguardar vaga em Alcoitão e em Alcoitão, onde numa das consultas que tenho com uma psicóloga, ela pergunta-me: 'Em que é que o Renato acredita?' Eu disse que acreditava que ia voltar a dançar. Ela disse-me para não pensar em planos B", sublinhou, antes de frisar: "Muita fisioterapia, muita dor, muita força de vontade e amor à minha volta da parte dos fisioterapeutas, dos médicos mais positivos, família, amigos a dizerem me que ia voltar."

Apesar de ter mantido sempre a esperança, Renato conta que houve cenários muito negativos em cima da mesa: "Estive em risco de amputação, no período em que estive em coma durante 5 dias, foi a minha família que recebeu as notícias mais trágicas, porque eu estava a dormir e dizem numa reunião médica ao meu irmão que a minha perna estava a reagir mal. Tive um síndrome compartimental, que, em casos severos, aquilo que se costuma fazer é a amputação. Felizmente, caiu-me um anjo da guarda que fez com que fosse possível salvar a minha perna. Foi operada quatro vezes."

Mas tudo está bem quando acaba bem. Renato Nobre recuperou e já regressou aos palcos: "Foi uma mistura de sentimentos, alguma vergonha pelas cicatrizes, senti que não estava completamente à vontade. Sinto que ainda é um processo, ainda não estou totalmente recuperado, mas foi isso que senti, muita alegria por ter voltado, mas por outro lado estou diferente, não estou igual aquilo que era. (...) Sinto que sou a mesma pessoa, mas com mais força", descreveu.

Por fim, questionado sobre se falou com a mulher que o abalroou, revelou: "Nunca falei com essa pessoa, ela nunca me procurou. Gostava de poder, no futuro, cruzar-me com ela porque não percebo como uma pessoa que causa um acidente deste dimensão não me procura. Tudo certo, mas há uma coisa que não perdoo: esta senhora não omitiu, ela mentiu sobre uma verdade, ela disse numa declaração amigável que fui eu a ir contra ela. Eu não me lembro, mas houve testemunhas. (...) Foi muito tempo de muita burocracia. (...) Felizmente no mês passado, a seguradora da culpada assumiu por inteiro a responsabilidade."

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