A edição de hoje
Cantor voltou a recorrer, desta vez da rejeição do Tribunal Constitucional em apreciar o recurso à pena de cadeia.
Rúben Aguiar não se conforma com a decisão de todos os tribunais que determinam que o cantor tem de cumprir seis anos de cadeia por ter tentado matar um motorista de pesados, na sequência de uma discussão numa bomba de gasolina em Alcochete, no ano de 2023. E por isso mesmo voltou a recorrer, desta vez da rejeição do Tribunal Constitucional em apreciar o recurso à pena de cadeia.
Com isto o músico consegue adiar a entrada num estabelecimento prisional. Passou o Natal em casa na ilha da Madeira e agora este pedido só vai ser avaliado depois das férias judiciais. O músico diz que aquando da decisão do Tribunal da Relação foi confrontado com o crime de homicídio tentado - tinha sido condenado na primeira instância por ofensas à integridade física. Viu, por isso, a pena a ser agravada de cinco anos e meio para seis anos de cadeia. Basicamente Rúben Aguiar quer que o processo volte para o Supremo Tribunal de Justiça para ser de novo apreciado.
Pedro Nogueira Simões, advogado da vítima de atropelamento levado a cabo por Rúben Aguiar, reagiu em exclusivo ao CM. "O que este processo revela é a recusa persistente em assumir a responsabilidade por uma condenação já afirmada pelos tribunais. Não está em causa qualquer violação constitucional, mas sim uma estratégia consciente de adiamento e de fuga, que não altera a realidade dos factos provados nem o sentido das decisões", diz o advogado.
O caso, recorde-se, aconteceu em abril de 2023. O cantor Rúben Aguiar atropelou Carlos Sales, que esteve vários dias no hospital e que ainda hoje mantém sequelas físicas. O músico fugiu e não prestou auxílio. Há dois anos que está em prisão domiciliária. Tem publicado várias fotos em casa com a mulher e os filhos.
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