Sandra, a filha de Fátima Felgueiras, fala, olhos nos olhos, da mãe, “um furacão político”, da avó e do tio Toneca, que adorava televisão
Sandra, a filha de Fátima Felgueiras, fala, olhos nos olhos, da mãe, "um furacão político", da avó e do tio Toneca, que adorava televisão mas morreu no ano em que a jornalista se estreou.
- É verdade que lida mal com os elogios?
- Lido um bocadinho mal, porque tenho uma parte de mim que me diz que a humildade é um dever quase ético que se me impõe todos os dias.
- A sua infância foi normal? A sua mãe entrou na política...
- Tinha dez anos quando a minha mãe foi para a Câmara [de Felgueiras]. A imagem que tenho da minha mãe é sempre a da mulher política. Não tenho outra imagem dela, porque era eu uma criança da escola primária e a minha mãe já andava nas lides da Assembleia Municipal. Já fazia furor. Sempre vivi como sendo a filha de um furacão político. E isso teve alguma influência, pelo menos, no meu crescimento. Há uma coisa gira que nunca contei a ninguém. Eu não sou Sandra Felgueiras por acaso. O meu último nome é Oliveira.
- O nome do seu pai...
- É o nome do meu pai e tenho muito orgulho nele. E acho que o meu pai tem muita pena que eu não use o seu nome. O meu pai tem um imenso orgulho em mim porque toda a vida, desde os seis anos, disse que queria ser jornalista. E reconhece-me o mérito de ter conseguido fazer o percurso sozinha, com todas as adversidades que tive. Foi muito difícil sair de Felgueiras e vir para Lisboa. Tentar libertar-me das amarras que tinha, de ser ‘a filha da Fátima Felgueiras'. De certa forma, vim porque queria ser eu, porque tinha direito a que me julgassem, bem ou mal. E, de repente, estou em Lisboa, acabo a faculdade e abate-se o escândalo.
- Refere-se ao caso ‘Saco Azul' que envolveu a sua mãe. Já era jornalista. Como é que os seus colegas reagiram?
- Tive algumas amarguras. Algumas que nunca esquecerei. Mas foram muito mais as surpresas positivas. Porque é óbvio que as pessoas não sabem como lidar com uma situação destas. Mesmo as boas pessoas. O que é que se diz? É como ir a um funeral, o que é que se diz? Todos os dias acordamos no desespero, com o coração apertado, o que é que vem mais? Não porque a consciência me pesasse, porque nunca me pesou.
- Mas porque é difícil lidar com uma acusação contra, neste caso, a sua mãe?
- Porque é difícil lidar, porque é difícil de engolir. Na infância, sempre vivi, um bocado, a tentar provar que era eu e que conseguia. Era a filha da minha mãe. As pessoas olhavam para mim como uma pessoa que, por alguma razão, ia ser beneficiada. Hoje em dia, olho à minha volta, e se há coisa que me entristece neste país é que se há pessoas que são filhas de figuras públicas parece que lhes está vedado o direito a terem mérito. Não quero ser estrela mas gostava que olhassem para mim por aquilo que sou. E gostava que começassem a falar comigo e não me perguntassem pela minha mãe. Eu adoro-a.
- Sim, mas são duas pessoas...
- Olhe, nunca senti verdadeiramente que nós fôssemos duas pessoas. Ela é um animal político, com uma aura, de facto, muito forte. Reconheço que tem esse mérito. Mas o meu percurso acabou por ser um labirinto a tentar fugir um bocado a isso. Preciso que olhem para mim nem que seja para dizer "não vales nada. Quiseste ser jornalista mas não tens jeito nenhum para isto".
- Porque quis ser jornalista?
- A minha mãe conta-me a história de eu estar a olhar para a televisão e dizer que queria saltar lá para dentro. Depois, via a Dina Aguiar... E lembro-me perfeitamente de ver o Carlos Fino e dizer "eu também queria ir para lá contar histórias". Uma das pessoas que mais amei na vida foi o meu tio Toneca [irmão da avó materna], que no tempo do fascismo dava coisas às pessoas por baixo da manga, para elas sobreviverem. A família era muito acarinhada por isso. E eu cresci com ele. Era o meu padrinho e adorava ver televisão. As melhores memórias que tenho da infância é estar sentada com o meu tio Toneca. Ele adorava futebol, adorava o Porto...
- Mas a Sandra é do Benfica.
- Sou, mas até gostava do Porto porque ele gostava do Porto. E era ver o meu tio Toneca a ver televisão e a dizer: "Tu um dia ainda vais aparecer ali." Curiosamente, o meu tio Toneca morreu no ano em que eu fui para a SIC [1998].
- Então nunca chegou a vê-la?
- Nunca viu. Mas é uma presença na minha vida. Estruturou-me muito, porque a minha mãe estava sempre na política. Não que fosse uma mãe ausente.
- Quem é que tinha em sua casa? Tem irmãos?
- Tenho um irmão muito mais novo. Ficava com o meu tio Toneca ou com a minha avó...
- A sua avó materna?
- Sim, a mãe da minha mãe, que viveu a vida toda com o tio-avô Toneca, que não casou, e com a minha tia-avó Aurora, que também não casou. Estes três foram os meus avós. Foram meus pais e foram tudo. Foi com eles que cresci. Sem grandes luxos mas com muito carinho.
- Os seus pais separaram-se?
- Os meus pais separaram-se quando entrei na faculdade. Mas têm uma relação muito próxima, porque família é família. Nos momentos maus, se não for o amor não há nada que lhe valha. Essa foi a lição mais importante que tive na vida.
- Quando é que soube do caso da sua mãe? Apenas quando ‘estourou'?
- Foi. Nunca mais me hei-de esquecer desse dia. A minha melhor amiga, Ana Cristina Lopes, que é jornalista do ‘Expresso', conhecia um dos denunciantes do caso porque ele tinha passado fins de ano connosco. E eu estava em casa a ver televisão e ela ligou-me e disse: ‘Ó Sandra, tu estás a ver o Joaquim na televisão? Ele está a dizer que a tua mãe é corrupta'. E, de repente, estamos a ver uma pessoa, um dos maiores amigos da família, a dizer as coisas mais aberrantes e não se percebe nada.
- Depois a Sandra falou com a sua mãe? Acreditou nela?
- Eu não preciso de acreditar na minha mãe. Eu vivi tudo com ela.
- Estava lá?
- Sim, estava lá. Sempre tive uma relação muito próxima com a minha mãe. Todos os fins-de-semana, quando já estava em Lisboa, ia a casa. E a minha mãe estava sempre na Câmara a trabalhar.
- Era a presidente da Câmara.
- Pois. E, se queria estar com ela, levava os meus apontamentos e ia estudar para a Câmara. Tive a tristeza de ouvir pessoas dizer que eu imprimia trabalhos com folhas da Câmara. Podia tê-lo feito mas nunca fiz. Só estava com a minha mãe. E nunca me passou pela cabeça que isso pudesse ser crime. Só me passou pela cabeça que não queria estar longe da minha mãe. E só tinha o sábado à tarde para estar com ela, porque no domingo tinha de apanhar o comboio para voltar a Lisboa. E sabe Deus o que eu chorava por vir para baixo.
- E o nome Felgueiras veio de onde?
- A minha avó dizia que um dos tetravós, que tinha emigrado para o Brasil, era conhecido por ‘Zé de Felgueiras' e pôs o nome Felgueiras à família. Se foi assim, não sei. Sei que não é nenhum título nobiliárquico, porque é tudo gente de raízes humildes. Não uso o nome do meu pai, para muita tristeza minha e dele, porque na escola sempre fui ‘Sandra, a filha da Fátima Felgueiras'. Portanto, como é que eu podia não ser a Sandra Felgueiras!? É inevitável.
- Foi a Sandra que pediu à sua mãe para ela ir para o Brasil?
- Fui eu que pedi à minha mãe para ela ir para o Brasil.
- Porquê?
- Quando percebi que a situação era bem mais grave do que supúnhamos. Porque nunca passou pela cabeça da minha mãe que, não tendo ela feito nada, pudesse surgir uma pena de coacção máxima, como a prisão preventiva. E disse-lhe: "Pode acontecer o pior. Nós não temos condições para suportar o pior. Portanto, nem que seja por mim e pelo João [irmão], vais ter que tomar uma decisão que não seja renderes-te e baixares os braços. Duvido que consigas vencer esta batalha se ficares encarcerada." A minha mãe só se apercebeu de que ia embarcar, e esta é a mais pura verdade, quando, ao cruzar a fronteira de Vilar Formoso, ouvimos na TSF: "Fátima Felgueiras está em prisão preventiva, a decisão foi comunicada agora." E só nesse instante é que ela olhou para mim e disse "acelera".
- Tem namorado?
- Sobre a minha vida amorosa não falo.
- Mas tem tempo para namorar?
- Tenho. Na realidade, passo a maior parte do tempo na RTP. Mas gosto de ter vida social, estar com os amigos.
- E em casa, o que faz?
- Vejo televisão. Devoro tudo o que é informação. Gosto de passar pela CNN. Gosto imenso de ver o que os americanos fazem. Eles, sim, comunicam. Gosto muito de ver séries para descomprimir. Mas já não sou tão viciada no ‘Dr House', ‘C.S.I.', ‘Perdidos'...
- Gostava de vir a ter filhos?
- Quero muito ter filhos. Tenho a certeza que vou ter, nem que seja só um.
- E onde é que os vai ‘encaixar'?
- Isso é uma coisa que ainda não planeei. A minha mãe tinha a minha avó ao lado. Eu não tenho cá ninguém. Sei que no dia em que tiver um filho a minha vida vai mudar. Mas assusta-me a ideia de pensar pôr um filho num infantário aos três meses, porque fui criada muito próxima da minha família.
- E agora está no ‘Hoje', na RTP 2. É difícil apresentar um jornal de pé?
- É difícil, porque tem uma concepção completamente diferente de tudo o que fazemos em Portugal. Sou muito fotográfica. Se conseguirmos dar às pessoas as melhores imagens do dia, elas ficam com imagens do dia gravadas. Muito mais do que com um pivô sentado a olhar para elas. E é esse tipo de coisas que eu queria que as pessoas vissem como mais-valia.
- Gosta de ser jornalista?
- Um dia disseram-me que eu tinha espírito de missionária. Mas não conseguiria sê-lo porque não consigo afastar-me das pessoas que mais amo. Mas percebo que me digam isso porque não sou jornalista no sentido corrente da palavra. Vivo muito isto. Envolvo-me muito nas coisas. Se estiver a fazer uma história sobre a vida de alguém passo a viver o drama dessa pessoa. Tive uma história sobre uns miúdos que tocam violino nos bairros degradados e não consegui sossegar enquanto não fui lá levar coisas. E quando estou a fazer reportagem, se alguém fala de uma coisa triste eu já estou a chorar. E dizem-me: "Não pode ser". Porque é que não pode ser?
- Estou a gostar imenso. Mas é um caminho que ainda tenho de percorrer. E confesso que acho que tenho feito bem mas posso fazer melhor. E é um passo importante para mim porque gosto sempre de fazer coisas diferentes. E passar pela profissão sem fazer tudo... Ser pivô é uma coisa que me desafia, que põe em causa os meus limites. Porque na reportagem já me sinto perfeitamente à vontade, já não sinto medo, aquela adrenalina. Mas perderia o meu capital de ouro se deixasse de o fazer. Porque essa sou eu, a que vai lá, a que se integra, que chora com eles, que volta e fica aqui amargurada. Essa sou eu. Nas férias escrevo.
- Não, mas tenho várias folhinhas soltas, até de café. E quando estou melancólica vou logo ao baú ler.
- Mas eu tenho a consciência que a minha mãe tinha a minha avó ao lado. Se tiver um filho e não tiver condições mínimas para o deixar, é uma coisa que me atormenta. Eu fui aos quatro meses para o infantário e estive lá só um mês porque quando vieram as primeiras fotografias, no Natal, a minha mãe viu os meus olhos com lágrimas e disse "nunca mais vais". Eu gostava era de andar com as galinhas, de correr com a minha avó. E comer gelados com o meu tio Toneca. A minha mãe não me deixava comer gelados a toda a hora e ele dava-me.
- Sou. A história da minha família é muito engraçada. A minha mãe é filha de um casal de primos. O meu avó, que era brasileiro, veio a Portugal e conheceu a minha avó, que era sua prima afastada, apaixonou-se por ela e levou-a para o Brasil. Por isso é que a minha mãe nasceu no Brasil. Mas o giro é que a minha avó era a mais velha de nove irmãos que ficaram órfãos. Diz-se que o meu bisavô morreu de amor. A minha bisavó morreu, contraiu uma tuberculose...
- E ele morreu três meses depois dizendo que não conseguia viver sem ela. E eles tinham um património vastíssimo em Felgueiras, daí que a família tenha algum peso em Felgueiras. Eram donos do hotel, da padaria, da loja dos frangos. E de repente, os miúdos herdam aquilo tudo e perdem aquilo tudo. O meu tio Toneca, que conseguiu ficar com a loja dos frangos, era o coração da cidade. Toda a gente que precisasse de alguma coisa ia ter com ele. Ele dava tudo a toda a gente.
INTIMIDADES
- Quem gostaria de convidar para um jantar a dois?
- O Nelson Mandela. Mas tenho a certeza de que ele não aceitaria o meu convite para jantar. Acho que é um ser humano com uma capacidade interior notável. E, mais do que entrevistá-lo, gostava de aprender com ele.
- Não consigo resistir a...
- Uma daquelas conversas que questionam tudo aquilo em que mais acredito. Odeio a maledicência gratuita. Detesto conversas para dizer mal dos outros. Interessam-me conversas que mudam o colectivo, que fazem a diferença.
- Se pudesse, o que mudava em si, no corpo e no feitio?
- No corpo, não mudava nada. Sinto-me bem como sou. No feitio, mudava a minha capacidade de me mutilar. Magoo muito os que gostam de mim, pela exigência que tenho para comigo. Magoo os que estão ao pé de mim e querem amenizar a situação, porque não consigo desligar e fico numa roleta autodestrutiva.
- Sinto-me melhor quando...
- ... estou ao lado das pessoas que mais adoro e sinto que as faço felizes.
- O que não suporta no sexo oposto?
- Não suporto a arrogância. Mas, no sexo oposto, não suporto mesmo é as mentiras.
- Qual é o seu pequeno crime diário?
- Faltar ao ginásio.
- O que seria capaz de fazer por amor?
- Morrer.
- Complete. A minha vida é...
- Um mar de imperfeições, e eu quero-a melhor todos os dias.
PERFIL
Sandra Maria Felgueiras de Oliveira Jornalista desde 1998, tem 33 anos. Começou na Barcelona Television mas o estágio curricular fê-lo na SIC. Em 1999, ganhou o prémio Novos Valores, do ‘Expresso', e entrou para o semanário. Em 2000, a convite de Henrique Garcia, foi para a RTP 2 e depois para o Canal 1, quando José Rodrigues dos Santos assumiu a Direcção de Informação.
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