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António Costa diz que "depois destes incêndios nada pode ficar como dantes"

Primeiro-Ministro fala sobre a tragédia dos incêndios

16 de outubro de 2017 às 20:29

"Depois destes incêndios nada pode ficar como dantes", disse esta segunda-feira António Costa sobre a segunda tragédia provocada por fogos florestais que aconteceu nos últimos quatro meses. Os incêndios do último domingo mataram pelo menos 36 pessoas no norte e centro do país.

António Costa pediu esta segunda-feira consenso político para a aplicação das recomendações da comissão independente aos fogos de junho e prometeu que, no fim dos incêndios, o Governo assumirá totais responsabilidades na reconstrução do território e reparação de danos.

O primeiro-ministro começou por sublinhar que esta 

Perguntado pela CMTV sobre que palavra tem para os autarcas e populações que se viram impotentes perante o avanço dos fogos, tendo de recorrer a meios como o Facebook para pedir ajuda, Costa voltou a falar no relatório dos peritos da Comissão Técnica Independente. "Temos um diagnóstico feito sobre o que deve ser feito. Temos de mudar o modelo e vamos fazê-lo".

Quatro meses depois das 64 mortes de Pedrógão Grande, Costa estabeleceu diferenças com a nova tragédia com 36 mortos. "Pedrógão é caso único pela dimensão trágica que um só evento conseguiu gerar. Ontem tivemos mais de 500 ocorrências. Temos de pôr em prática as recomendações dos peritos.

"É um momento de luto de manifestar solidariedade às famílias. 

O primeiro-ministro não respondeu diretamente às perguntas sobre a permanência da ministra da Administração Interna no cargo, mas adiantou que "este não é o tempo das demissões, mas sim das soluções".

Resposta "ágil" para as famílias

O primeiro-ministro prometeu esta segunda-feira abertura à existência de um mecanismo "ágil" para compensar as famílias das vítimas dos incêndios florestais e frisou que o seu executivo assumirá "todas as responsabilidades que tiver de assumir".

Questionado pelos jornalistas sobre o regime extrajudicial de compensação das vítimas de incêndios florestais, António Costa não detalhou a solução, alegando que receberá na quarta-feira, em São Bento, Lisboa, a Associação dos Familiares das Vítimas de Pedrógão Grande e que quer ouvir as suas propostas.

"Quero ouvi-los sobre as propostas que têm para apresentar sobre o nosso sistema de prevenção e combate aos incêndios florestais, sobre a reforma da floresta e também no que respeita à existência de um mecanismo ágil no sentido de que o Estado assuma as responsabilidades que deva assumir. Não vou antecipar agora à conversa que terei no momento próprio com a comissão dos familiares das vítimas", disse o primeiro-ministro, em resposta a questões colocadas pelos jornalistas no final de uma declaração ao país.

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