Incêndios ganham força à nascença, meios aéreos chegam tarde e ataque às reativações tem sido ineficaz.
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Os operacionais envolvidos no combate aos incêndios florestais estão com grandes dificuldades em controlar os fogos logo à nascença devido à presença de forte matéria combustível e porque os meios aéreos chegam muitas vezes atrasados ao teatro das operações. Outro problema que está a acontecer este ano é a incapacidade de resposta eficaz às muitas reativações que acontecem nos incêndios de grandes dimensões: foi o que aconteceu nos últimos dois dias nos incêndios de Alijó e em Mangualde.
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"Os fogos ganham grandes proporções muito rápido devido ao vento e à muita manta morta existente", disse ao CM um comandante operacional, mas sob anonimato porque, garante, "há ordens superiores para estarmos calados". Segundo apurou o CM, os comandantes operacionais distritais terão sido proibidos de prestar declarações sobre os fogos, remetendo para a Proteção Civil em Lisboa.
Ontem, apesar da diminuição da temperatura, voltou a ser um dia muito complicado nos distritos de Viseu, Guarda, Vila Real e Bragança. Os meios envolvidos no combate às chamas têm-se revelado insuficientes. Nos fogos de Mangualde foi visível algum nervosismo de quem comanda e alguma descoordenação na integração dos Grupos de Reforço para os Incêndios Florestais.
Muitas pessoas que nos últimos dois dias viveram o pânico das chamas junto às aldeias não percebem "que um fogo esteja quase morto e de um momento para outro já está forte junto às casas", desabafou ao CM Joaquim Marques, habitante de Torre de Tavares.
Localidades foram evacuadas por precaução
Chamas levam pânico às aldeias
No entanto, tudo se alterou ao início da tarde. As chamas voltaram a ganhar força e ameaçaram várias aldeias nos concelhos de Gouveia, Fornos de Algodres, Guarda, Pinhel e Torre de Moncorvo. Nesta vila o fogo abeirou-se de algumas ruas, mas os bombeiros conseguiram evitar o pior. A aldeia de Pinzio esteve cercada pelas chamas.
Os populares pegaram no que tiveram à mão para proteger as casas junto às zonas de mato e floresta. O fumo colocou a aldeia em estado de sítio. O mesmo se passou em Vila Ruiva, localidade que separa os concelhos de Gouveia e Fornos de Algodres do distrito da Guarda.
PORMENORES
Reforço espanhol
Um grupo espanhol com 50 homens, oriundo da Galiza, reforçou ontem os meios que estão envolvidos no combate ao incêndio que começou na aldeia de Rochoso, no concelho da Guarda, informou o Comando Distrital de Operações de Socorro local.
Barracões e culturas
Os incêndios que durante três dias deflagraram em várias localidades de Mangualde destruíram quase metade da área de floresta e mato do concelho, destruiu casas e culturas agrícolas. Muitas famílias que tinham na agricultura o seu meio de subsistência vão passar por dificuldades.
1,26 milhões de euros
A Cáritas Portuguesa anunciou ontem que juntou 1,26 milhões de euros numa conta solidária que criou para as vítimas dos incêndios no centro do País. O dinheiro servirá para atender às necessidades mais urgentes das pessoas afetadas, reconstruir habitações e dar outro tipo de apoios para as famílias voltarem a ter condições de subsistência.
Quilómetros de cabos
Os incêndios de Mangualde que depois se alastraram aos concelhos vizinhos de Fornos de Algodres e Gouveia destruíram muitos quilómetros de cabos de telecomunicações. Muitos postes foram derrubados.
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