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Ano Novo Chinês: Portugal dá as boas-vindas ao ano que traz paciência e sorte

Também conhecido como Festival da Primavera, o Ano Novo Chinês é a festividade mais importante desta nação, celebrada um pouco por todo o mundo. Portugal não foi exceção, assinalando esta data com pompa e circunstância.
31 de Janeiro de 2023 às 16:01

O festival do Ano Novo Chinês 2023 foi celebrado na Fundação Oriente, em Lisboa, um evento realizado com o apoio da Embaixada da China e da Câmara Municipal de Lisboa, e no qual se celebrou na presença de eminentes personalidades portuguesas e chinesas, ao som do Concerto Festival da Primavera.

Já na região norte do País, o Festival do Ano Novo Chinês 2023 foi realizado no Porto. A praça do centro da cidade do Porto esteve coberta de um ambiente festivo, com as danças tradicionais do dragão chinês e do leão a atrair um grande número de portugueses locais.

O Embaixador chinês em Portugal, Zhao Bentang, e o Presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira, estiveram entre os mais de 200 convidados presentes. A noite de gala foi realizada no Campo Alegre, com um programa muito animador.




Auspicioso Ano do Coelho


Se no Ocidente estamos em 2023, a população chinesa acabou de entrar no ano 4721. Sob a égide do Coelho, foi no passado dia 22 de janeiro que se abriram as portas ao Ano Novo Chinês, data celebrada não só na China como por toda a Ásia e em países onde vivem grandes comunidades chinesas, como é o caso de Portugal.

Ao contrário do calendário gregoriano dos ocidentais, baseado no tempo que a Terra demora a dar uma volta ao Sol (365 dias), o calendário chinês tem a Lua como parâmetro, ou seja, um novo ano começa a partir da primeira lua nova após o solstício de inverno e termina após doze ciclos completos da mesma (cerca de 354 dias).

Cada ano traz consigo um novo signo. Reza a tradição que os animais foram convocados por Buda. Como apenas doze responderam ao seu chamamento, foram honrados e passaram a representar os anos do calendário: Rato, Boi, Tigre, Coelho, Dragão, Cobra, Cavalo, Cabra, Macaco, Galo, Cão, Porco.

O Coelho, de acordo com a tradição chinesa, foi o quarto animal a apresentar-se diante do imperador, depois de cruzar o rio agarrado a um tronco, ajudado pelo sopro do Dragão. Graças a este golpe venturoso e paciente conseguiu chegar à margem.

O advento do Ano do Coelho celebrou-se a 22 de janeiro e a festa continua. Depois de um período agitado, os chineses esperam que o novo ano traga consigo os auspícios simbolizados por este animal: paciência, longevidade, sorte, gentileza e serenidade.

A celebração do Ano Novo Chinês coincide com o começo de um novo ciclo de cultivo, despedindo o inverno e dando as boas-vindas a uma nova estação, motivo pelo qual é igualmente conhecido como "Festival da Primavera".

Durante vários dias, somam-se festas, desfiles, espetáculos de fogo de artifício e a tradicional dança do dragão. As famílias reúnem-se para jantar e a cor vermelhasímbolo de boa sorte e fortuna – impera nas roupas, na decoração das casas e lojas e até nos envelopes vermelhos (geralmente com dinheiro e, de acordo com o costume, em números pares) oferecidos pelos mais velhos às crianças e aos jovens solteiros.


Festival da Primavera liga China a Portugal


No dia 22 de janeiro, também o auditório do Museu do Oriente foi palco das festividades com o Concerto Festival da Primavera que não só celebrou o Ano Novo Chinês, como partilhou felicidade e esperança com o povo português.

As peças escolhidas para a ocasião, de compositores chineses e europeus, uniram o Oriente ao Ocidente num programa que contou com artistas de renome: Lisbon Chamber Ensemble (agrupamento de sucesso internacional composto por músicos de várias partes do mundo), a Orquestra Metropolitana de Lisboa, os solistas Bin Chao ao violino (concertino convidado da Orquestra Gulbenkian e maestro de orquestras na Europa e no Oriente) e Zeming Wu ao piano (um jovem de raro talento que, com apenas 10 anos, já alcançou inúmeras distinções nacionais e internacionais).


Concerto Festival da Primavera

Parte I Lisbon Chamber Ensemble

• Prelúdio do Festival da Primavera, de Li Huanzhi (compositor chinês)

• Jasmine - música folclórica da China, de Li Wenping

• Slavonic Dance, nº 8, de Antonín Leopold Dvorák



Parte II Piano Solo

• Amo-te, China, de Zheng Qiufeng

• Dança da Serpente Dourada - música folclórica da China, de Nie Er

• Études, de Chopin



Parte III Lisbon Chamber Ensemble

• Kaiser-Walzer, de Johann Strauss II

• Lisboa Menina e Moça, de Paulo de Carvalho

• A Noite Bela - música folclórica da China, de Liu Tianhua


Personalidades que marcaram presença


Neste evento tão especial não podiam faltar ilustres personalidades. A inaugurar os discursos, o presidente da Câmara de Lisboa, Carlos Moedas, começou por realçar que "por toda a cidade se espalham os auspícios do Ano do Coelho", cuja mensagem de paz e ânimo é importantíssima para o mundo.

Três pontos foram destacados no seu discurso: a vitalidade da comunidade chinesa de Lisboa, "parte integrante da (sua) dinâmica diária" em setores tão variados como o comércio, a cultura, a medicina, a restauração e a inovação", a importância de Lisboa enquanto cidade multicultural, pois "a inovação só nasce com essa diversidade" e, por último, a forte ligação entre as duas culturas e as relações milenares entre os dois povos.

Nuno Fazenda, secretário de Estado do Turismo, Comércio e Serviços, reiterou as palavras de Carlos Moedas e mostrou confiança no futuro, almejando "um ano promissor nas relações de cooperação entre os dois países nas mais diversas áreas, nomeadamente nas áreas que tutelam o turismo, o comércio e os serviços".

Além do presidente da Associação de Comerciantes e Industriais Luso-Chinesa, Choi Man Hin, o embaixador da República Popular da China em Portugal, Zhao Bentang, não escondeu a comoção ao salientar o otimismo relativamente às relações futuras entre os dois países e ao testemunhar que Lisboa é uma cidade aberta e inclusiva onde a comunidade chinesa se sente bem recebida e feliz.




Zhao Bentang, embaixador da República Popular da China em Portugal, com Carlos Moedas, presidente da Câmara de Lisboa



Choi Hin Man, presidente da Associação de Comerciantes e Industriais Luso-Chinesa



Nuno Fazenda, secretário de Estado do Turismo, Comércio e Serviços


Resta-nos terminar com o desejo de um bom ano. Xin Nián Kuài Lè. Feliz Ano Novo.