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Violador de menina do Seixal fica em prisão preventiva

Aponta para o excesso de álcool o motivo de ter molestado a criança.

05 de setembro de 2018 às 01:30

Virgílio Mendonça, suspeito do rapto de uma criança de sete anos, num parque infantil no Seixal, distrito de Setúbal, ficou esta quarta-feira em prisão preventiva. O homem, de 39 anos, é suspeito dos crimes de rapto e abuso sexual de menores.

O suspeito foi entregue à Polícia Judiciária ao final da manhã desta terça-feira, depois de ter sido identificado por um ex-bombeiro que o reconheceu. Levado para as instalações da Unidade Nacional de Combate ao Terrorismo, o predador sexual reconheceu que abusou da menina de sete anos, no último sábado. Não deu qualquer explicação para o facto: estava alcoolizado, não sabia o que fazia.

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Populares mostram revolta contra o violador

A captura deste homem aconteceu ao final de mais de 50 horas de fuga. Atacou a criança às 16h00, quando a apanhou num parque infantil. Abandonou-a ao relento às quatro da manhã, depois de a ter violado.

Documentos

O CM sabe que a PJ entendeu que não era necessário avançar com a reconstituição do crime, dada a prova abundante. A menina reconhece o suspeito e os primos também identificaram o agressor. Estão igualmente a ser feitos exames médicos para demonstrar que foi Virgílio Mendonça quem atacou a menina.

A detenção do suspeito foi precipitada pela divulgação da sua fotografia, no CM. A imagem já circulava nos postos da polícia, mas só ontem de manhã a comunidade conheceu o rosto do predador.

PSP consegue evitar agressões à saída da esquadra

Virgílio Mendonça chegou à esquadra da PSP da Cruz de Pau, Seixal, perto das 10h00. Nos minutos que se seguiram, juntaram-se à porta perto de 100 pessoas. À medida que o tempo passava, intensificaram-se os gritos e insultos ao imigrante cabo-verdiano, de 39 anos.

Pelas 11h40, quando a PJ tentava sair com o detido das instalações da PSP, em direção a Lisboa, foi necessário montar uma operação de segurança, para evitar agressões ao suspeito.

Suspeito apanhado a sair de canavial e a comer uma maçã

Vítor Silva e o pai, José, seguiam calmamente de carro, na estrada do Talaminho (artéria secundária que liga a Cruz de Pau a Corroios), quando, pelas 09h30 de ontem, viram um homem a sair de um canavial, junto a uma ETAR. "Ele estava a comer uma maçã e mal vi a cara fiquei logo com a suspeita" de ser o violador, conta Vítor Silva.

Com a edição do dia do CM ao lado, e com recurso ao telemóvel, Vítor Silva confirmou o que já desconfiava. O homem que tinha acabado de ver era Virgílio Mendonça, o principal suspeito do rapto e violação de uma menina de sete anos. Mal se sentiu perseguido, o cabo-verdiano, de 39 anos, atirou fora a maçã e acelerou o passo. "Entretanto liguei para a PSP e fiz-lhe um seguimento. Ele nunca correu e foi em direção à Estrada Nacional 10, para Corroios", acrescentou Vítor Silva.

À chegada a Corroios, junto a uma superfície comercial, já a PSP aguardava por Virgílio Mendonça. O suspeito de rapto e abuso sexual foi preso, vindo a ser transportado para a esquadra da Cruz de Pau. Vítor Silva foi identificado e consta agora como testemunha no processo contra Virgílio Mendonça.

PORMENORES 

PJ usa porta lateral

Para retirar o suspeito da esquadra da Cruz de Pau, os inspetores da PJ usaram uma porta lateral. Só que os populares deram conta da saída e manifestaram a sua ira com insultos.

Pai de uma menina

Uma amiga do suspeito, que pediu o anonimato, mostrava-se incrédula com a detenção. Não compreendia o crime de Virgílio Mendonça, dizendo ainda que ele é pai de uma menina, fruto de uma relação antiga.

Construção civil

Uma vizinha de Virgílio Mendonça disse que este trabalhava regularmente no ramo da construção civil e que vivia numa casa juntamente com um irmão.

Escoltado e algemado

Virgílio Mendonça saiu da esquadra com as mãos algemadas atrás das costas, com a cabeça em baixo, e assim permaneceu no carro da PJ, de maneira a não ser reconhecido.

Levado para a PJ

O suspeito foi retirado da esquadra ao final da manhã e levado para os calabouços do estabelecimento prisional anexo à sede da PJ, em Lisboa.

Maior segurança

População diz sentir-se agora mais segura com esta detenção, mas receia que Virgílio Mendonça possa sair em liberdade após ser ouvido por um juiz.

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