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Puigdemont acusa Rajoy de se comportar como o ditador Franco

Presidente do governo regional acusa Rajoy de ter "ultrapassado todos os limites".

21 de outubro de 2017 às 20:09

Carles Puigdemont acusou este sábado Mariano Rajoy de ter executado "o pior golpe contra a Catalunha desde o ditador Franciso Franco". O presidente do Governo Regional da Catalunha anunciou que vai convocar uma reunião do plenário do Parlamento para decidir como responder à suspensão da autonomia catalã, decretada este sábado pelo governo de Madrid.

O chefe do Governo da Catalunha assegurou este sábado, em Barcelona, que os catalães vão resistir "de forma pacífica" ao "ataque à democracia" que Madrid está a fazer.

Puigdemont anunciou, numa declaração televisiva, que pedirá ao parlamento regional para celebrar uma reunião para decidir sobre "a intenção de liquidar" o governo catalão, naquele que considera ser "o pior ataque às instituições" democráticas desde o tempo do ditador Francisco Franco.

O líder da Catalunha respondeu assim às medidas apresentadas  em Madrid pelo Governo espanhol para restaurar a legalidade na Catalunha, que incluem o afastamento de Carles Puigdemont e a sua equipa, com as suas responsabilidades a passarem a ser assumidas pelos respetivos ministérios setoriais em Madrid.

Presidente do Parlamento fala em "golpe de estado"

Também a presidente do parlamento catalão, Carme Forcadell, acusou este sábado, em Barcelona, o chefe do Governo espanhol, Mariano Rajoy, de ter "ultrapassado todos os limites" com o anúncio de "um golpe de estado de facto".

Numa declaração feita depois de Madrid ter apresentado as medidas concretas para restaurar a legalidade na Catalunha, Forcadell defendeu que a decisão do Governo espanhol não tem "legitimidade política" nem "o apoio de uma maioria dos catalães".

"Os que enchem a boca falando da Constituição, caíram na mais flagrante inconstitucionalidade ao pretender suspender a democracia na Catalunha", disse a presidente do parlamento regional.

O Governo espanhol propôs este sábado a destituição do presidente da Catalunha e todos os membros do seu executivo, a limitação das competências do parlamento regional e a marcação de eleições num prazo de seis meses.

Estas foram as principais medidas de aplicação do artigo 155.º da Constituição espanhola para repor a legalidade na Catalunha que agora têm de ser aprovadas pelo senado (câmara alta), muito provavelmente na próxima sexta-feira, 27 de outubro.

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