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Sugestões para fugir ao bacalhau e ao peru na consoada e no dia de Natal

Opções que pretendem variar o menu caseiro.

19 de dezembro de 2018 às 16:06

Se o bacalhau é transversal, o polvo de meia cura muito localizado no nordeste do País e o peru uma moda enxertada à pressão, o cabrito é a carne nobre que as gentes da Beira Alta serviam à mesa. Uma mesa com um cabrito crescido nas nossas serras é outra coisa. Em tese, sempre assado de forma simples no forno.

Sucede que o chefe Gonçalo Costa, do Tágide, sempre sem perder de vista a concentração do sabor carne (bem pelo contrário) gosta de apresentar o cabrito em conformidade com a quadra festiva. E como faz isso? Começando por marinar durante 24 horas peças de cabrito com alho, tomilho, alecrim, e a hortelã, sal, pimenta, tudo coberto com vinho tinto. Depois vai tudo a assar durante 3 horas, a 160º. Terá de desossar a carne e com ela fazer rolos com papel de película. O molho da assadura deve ser reduzido.

Entretanto, asse uma abóbora inteira (1h30 a 160º), retire as pevides e faça um puré temperado com um pouco de vinagre e sal. Os miúdos do cabrito deverão ser salteados e depois envoltos numa folha de couve, em forma de rolo. As cenouras baby são grelhadas, sendo que as castanhas laminadas serão fritas. O empratamento é como vê na foto, sendo que uns rebentos dão sempre sabor e um toque de requinte. Para beber, um tinto do Dão com uns cinco anos de estágio em garrafa.

Restaurante: Tágide Local: Largo da Academia Nacional de Belas Artes, 18

Contacto: 213 404 010

Bolo de Natal de batata-doce

Além da batata-doce que lhe dá um sabor peculiar, este reinventado bolo da época natalícia é confecionado, entre outros produtos, com doce de ovos, fios de ovos e frutos secos, nomeadamente amêndoa e nozes. Na Costa Vicentina, o Bolo Príncipe é rei. 

Local: Avenida 16 de Junho, 92, Rogil, Aljezur

Contacto: 282 998 203

A arte de sofisticar tradições da quadra

Chocolate, amêndoa e maracujá são a combinação perfeita que renova o tradicional Tronco de Natal. Um incontornável doce na mesa de consoada em França, mas que por cá já ganhou raízes e que este ano assume outra dimensão na Marupiu.

"O chocolate é incontornável, a amêndoa representa os frutos secos e o maracujá a fruta exótica e mais ácida que está sempre nas mesas de consoada das famílias famalicenses", explica Ana Correia, que com o marido e outra colaboradora dão vida há um ano ao projeto de pastelaria francesa por terras de Camilo Castelo Branco.

Este ano juntam-se outras duas propostas de encher o olho e deliciar o palato: bolo de framboesa e chocolate ruby, além do bolo com flocos de ouro de 23 quilates. Tudo é comestível! 

Local: Rua Ernesto Carvalho, 139, Vila Nova de Famalicão

Contacto: 252 217 457

Menina com ovos

Coza a abóbora com água, sal e um cálice de vinho licoroso, e reserve. Numa frigideira salteie os espinafres com alho e azeite, e deixe repousar. Na mesma frigideira coloque um pouco de azeite, alho e uma cebola cortada em rodelas finas e deixe alourar. Junte o pimento vermelho e deixe apurar. Junte a abóbora menina e tempere a gosto com pimenta e sal. Adicione os coentros e os ovos.

Local: Vidigueira

Contacto: 284 436 240

Duas alternativas

O chef Luís Carlos apresenta duas sugestões para a quadra. A primeira é javali estufado, acompanhado com batata cozida, maçã assada e castanhas cozidas. Um prato com carne de um animal que faz parte da rotina dos caçadores no concelho carrazedense.

Para quem não apreciar esta opção, o chef sugere cabrito assado com batata, acompanhado pela tradicional couve penca, cozinhada apenas com alho, azeite e dois ovos inteiros e que tradicionalmente faz companhia ao bacalhau cozido no Natal.

Local: Av. Aquilino Ribeiro, Carrazeda de Ansiães

Contacto: 278 615 083

Capão no forno à moda de Freamunde

Manuel Machado, proprietário do restaurante Anhinho, tem uma sugestão singular para a noite da consoada: Capão à Freamunde. A preparação perfeita do prato demora alguns dias. O capão, que pesa entre 5 a 6 quilos, começa por ser temperado com água e limão durante quase oito horas. Depois fica dois dias em tempero.

Antes de ir para o forno a lenha, o capão é recheado com enchidos, carne de vaca e os respetivos miúdos. Já durante a preparação, que demora três horas, o mesmo é virado ao contrário três vezes - numa das quais o capão é regado com vinho do porto branco gelado. O objetivo é que a pele fique crocante. No final, e antes de ir para a mesa, é trinchado e o recheio retirado. É servido com batatas e arroz de forno.

Local: Rua de Novais, 157, Arreigada, Paços de Ferreira

Contacto: 919 334 556

Miminhos de porco em pau de louro

O acompanhamento passa a ser batata doce frita às rodelas e migas de broa e couve salteada. O pau de louro dá um paladar e aspeto mais rústico, e a batata-doce e as migas um sabor típico do Natal da nossa região", diz Pedro Ferreira, um dos proprietários.Local: Sítio da Cruz, BoidobraContacto: 275 314 498

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