Anúncio dos novos donos durante reunião com trabalhadores.
Os novos donos da TAP querem implementar o serviço low-cost nos voos regulares. O anúncio foi feito esta sexta-feira por David Neeleman durante a reunião com os trabalhadores da empresa.
David Neeleman defendeu que as companhias 'low cost' são o maior desafio, revelando que o plano é ter tarifas baixas para "quem quiser viajar atrás e mais apertado".
"Talvez o maior desafio sejam as companhias aéreas 'low cost'. Passei pelo Porto no outro dia e fiquei assustado com oito aeronaves da Ryanair e mais quatro da easyJet. Não podemos desistir. Temos que nos tornar mais competitivos", afirmou o empresário num encontro com trabalhadores da TAP, a decorrer nas instalações da empresa em Lisboa.
Segundo o empresário, o plano é segmentar: "Vamos ter uma tarifa de 39 euros, mas o passageiro vai sentar-se atrás e pagar pela bagagem", isto é, "vai ser Ryanair com uma frequência de cinco vezes por dia, em vez de uma".
Mais de 50 novos aviões
David Neeleman anunciou a encomenda à Airbus de 53 aviões Widebody e de corredor único, onde se incluem 14 A330-900neo e 39 A320neo (15 A320neos e 24 A321neos).
Estes aviões fazem parte da renovação de frota anunciada pelo consórcio Atlantic Gateway. Como parte do acordo, a TAP substitui a encomenda anteriormente feita de 12 A350-900s pelos A330-900neo.
CGTP-IN acusa Governo de exorbitar funções
O secretário-geral da CGTP-IN acusou esta sexta-feira o Governo de "exorbitar competências e abrir um conflito institucional" ao concretizar a privatização da TAP, apelando à intervenção do chefe de Estado.
"Este governo exorbitou as suas competências, este Governo abriu um conflito institucional, este Governo pôs em causa, inclusive, a instituição Presidência da República", afirmou o secretário-geral da CGTP-IN, Arménio Carlos, em declarações aos jornalistas no final de uma audiência com Presidente da República, que desde quinta-feira está a ouvir os parceiros sociais sobre a situação política.
Admitindo ter falado sobre este assunto com o chefe de Estado durante a audiência, Arménio Carlos defendeu que, "neste quadro de confronto institucional", Cavaco Silva deve "pronunciar-se sobre o assunto, deve refletir e decidir aquilo que muito bem entender".
"O dinheiro está a chegar ao banco hoje"
O empresário David Neeleman afirmou esta sexta-feira que os cerca de 150 milhões de euros que o consórcio tinha que pagar no fecho da compra "está a chegar ao banco hoje", revelando que receava pela falência da companhia.
"O dinheiro está a chegar ao banco hoje. Vamos ter dinheiro para começar a fazer as coisas que temos para fazer", revelou um dos novos donos da TAP no encontro com os trabalhadores do grupo, referindo-se aos cerca de 150 milhões de euros previstos no plano de capitalização.
David Neeleman contou que há três dias tinha a preocupação que acontecesse à TAP o mesmo que aconteceu à transportadora aérea da Estónia, que declarou falência depois de a Comissão Europeia ter exigido o reembolso de 91 milhões de euros que a empresa recebeu do Estado.
"Se o Governo colocasse um centavo nesta empresa [TAP] ia começar a investigação [da Comissão Europeia]", afirmou o dono da Azul, aludindo às dificuldades de tesouraria invocadas pelo Governo para fazer a transferência das ações para o consórcio Gateway.
Sindicato dos Pilotos segue com "interesse e expectativa" a venda
O Sindicato dos Pilotos da Aviação Civil disse que está a seguir com "interesse e expectativa" a operação de venda de 61% do capital da TAP ao consórcio Gateway, apelando a uma clara definição da estrutura acionista.
"O Sindicato dos Pilotos da Aviação Civil (SPAC) acompanha com interesse e expectativa o processo de venda de parte do capital da TAP, salientando o potencial de sustentabilidade e crescimento que poderá decorrer de uma definição clara e inequívoca do seu modelo de detenção de capitais", lê-se num comunicado enviado pelo sindicato às redações.
Segundo o SPAC, "a TAP apresenta elevados níveis de eficiência no negócio do transporte aéreo bem como uma estrutura de custos competitiva e, em muitas áreas, superior aos padrões que caracterizam atualmente as companhias de referência nesta indústria".
UGT espera "possibilidade de reverter o processo"
O secretário-geral da UGT, Carlos Silva, recordou que a central sindical tomou "posições enérgicas" contra a privatização da TAP e defendeu que se deve manter em cima da mesa a "possibilidade de reverter o processo".
"Mantemos em cima da mesa a possibilidade de reverter o processo, se não for reversível, temos muita pena, mas o que podemos fazer? O próximo Governo que tome as decisões que entender mais corretas", afirmou Carlos Silva aos jornalistas, à saída de uma audiência com o Presidente da República, no Palácio de Belém, em Lisboa.
Carlos Silva disse que a UGT tomou "posições enérgicas" contra a privatização e que depois de o Governo manter essa intenção, a central sindical defendeu que "ao menos que o Estado ficasse com a maioria do capital".
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