A 3ª edição da revista da Amnistia Internacional Portugal integra uma reportagem sobre o tráfico humano no futebol
A Amnistia Internacional Portugal lançou a 3ª edição da revista Humanista, dedicada à ao desporto e à forma como se pode aliar e jogar lado a lado com os direitos humanos.
A reportagem "Traficantes de Sonhos" mergulha "no submundo do tráfico de seres humanos", numa peça detalhada para a qual foram analisados diversos casos dentro do mundo do futebol e entrevistadas dezenas de instituições nacionais e internacionais. Uma das conclusões inegáveis continua a ser a "falta de responsabilidade coletiva perante aqueles que deviam receber proteção", mas cujos sonhos por uma carreira têm vindo a ser, repetidamente, explorados.
Em Portugal, há quase 300 vítimas sinalizadas em cinco anos, e as vítimas das redes de tráfico continuam a crescer. De Serpa a Ribeirão, da Nazaré a Riba de Ave, esta reportagem traz os casos e os testemunhos de quem veio atrás de um sonho que foi destruído com a onda subsequente de exploração a que foi sujeito.
No âmbito nacional, a reportagem "O silêncio também é racismo" inclui os testemunhos da jogadora de futebol Jéssica Silva, dos jogadores de futsal Daniel Ramos e Vitão, e do basquetebolista Ivan Almeida, e evidencia como as palavras podem atacar e o silêncio contribuir para a normalização do racismo no desporto.
Além fronteiras, a Humanista destaca a prática desportiva na Ucrânia, que se tem revelado um "antídoto precioso" numa época marcada pela guerra, mas também pela vontade de que a antiga normalidade possa ressurgir, ainda que sob novas condições. A reportagem exclusiva passa por várias cidades ucranianas atacadas pelas forças russas, trazendo histórias inspiradoras de quem lá permanece e usa o desporto como ferramenta de esperança, companheirismo e sobrevivência.
Por outro lado, no Afeganistão, a reportagem fotográfica do fotojornalista Ebrahim Noroozi, da agência Associated Press, destaca como os talibãs têm continuamente afirmado que a prática desportiva não se coaduna com o papel da mulher na sociedade, relegando o desporto feminino a um passado do qual já foram eliminados muitos direitos e liberdades das mulheres e raparigas.
Ainda no portefólio documental, o fotojornalista Mário Cruz viaja pelo trabalho comunitário da Academia do Johnson, localizada no Bairro do Zambujal, que tem como objetivo a promoção do desenvolvimento humano e o bem-estar, através do acompanhamento personalizado a crianças e jovens oriundos de meios familiares e sociais fragilizados.
A fotógrafa iraniana Forough Alaei apresenta o seu trabalho Crying for Freedom sobre as restrições à entrada de mulheres nos estádios de futebol no Irão, que lhe valeu o prémio World Press Photo de 2019 na categoria de desporto.
Esta edição conta ainda com as crónicas do ex-futebolista Tarantini, da bodyboarder Joana Schenker, do ator Albano Jerónimo, da atleta paralímpica de Boccia Carla Oliveira, do futebolista profissional Francisco Geraldes, e de Luís Pedro Nunes, na sua habitual rubrica "Sem Saco".
A nova revista Humanista integra também uma reportagem sobre o desporto adaptado e as barreiras que ainda enfrenta em Portugal, uma entrevista ao coordenador do Plano Nacional de Ética no Desporto - José Carlos Lima -, uma entrevista a Mario Ferri - o italiano que invadiu o jogo entre Portugal e o Uruguai no Mundial de Futebol do Catar com uma bandeira LGBTQI+ e mensagens pela Ucrânia e pelas mulheres no Irão - e a crónica "O futebol rebelde com causa" de Luís Freitas Lobo.
Os ilustradores André Carrilho, Nuno Saraiva, João Fazenda, Susana Carvalhinhos, Pedro Lourenço e Daniel Garcia colaboram também na 3ª edição.
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