Cuca Roseta: "Sempre fui fadista de arriscar muito"

Cantora lança ‘Meu’, um álbum inédito no fado ou não fosse ele totalmente escrito e composto pela sua intérprete.

07 de dezembro de 2020 às 08:33
Imagem A2-37245520 (8100664).jpg (Milenium) Foto: PEDRO FERREIRA
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Praticamente dez anos depois da estreia nestas lides do fado, Cuca Roseta concretiza agora, num novo álbum sugestivamente intitulado ‘Meu’, um percurso muito seu que também é inédito neste meio. É a primeira vez que uma fadista edita um disco integral e exclusivamente escrito e composto por si. “Eu nunca pensei que alguma vez viesse a fazer um álbum assim, mas acho que isto tem muito a ver com a confiança e maturidade que fui ganhando”, começa por explicar a fadista ao CM

“Mas o fado é isto, é a procura da verdade, e poder entregar-me como intérprete às minhas palavras e às minhas melodias não podia ser mais genuíno”, acrescenta a cantora que sempre marcou o seu percurso por algum pioneirismo no fado. “Quando eu comecei era mais arrojada do que se era na altura, mas acho que isso acabou por ser muito benéfico porque também fez com que o fado chegasse aos mais jovens.” E exemplifica: “Sempre fui uma fadista de arriscar muito. Deixei o xaile, comecei a usar roupas às cores, que não era habitual no fado, apareci com um piercing e fui das primeiras a tocar viola e piano ao vivo.”

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Composto por treze novos fados, ‘Meu’ reflete também ele muito dos tempos estranhos que vivemos, sendo que vários temas foram escritos durante a pandemia como é o caso de ‘À Porta do Beijo’, ‘Grito’, ‘Finalmente’ ou ‘Meu’. “Talvez por isso este acabe por ser o meu disco mais introspetivo de sempre. Esta insegurança, esta dúvida e falta de liberdade foram nuances que me trouxeram inspiração.” O disco chegou ao mercado no passado dia 4.

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