Escritora espanhola Almudena Grandes morre aos 61 anos
Almudena Grandes deu os primeiros passos na literatura a escrever textos para enciclopédias e contos.
A escritora espanhola Almudena Grandes morreu em casa este sábado aos 61 anos, depois de dois anos a lutar contra um cancro. O jornal El Mundo avança que a mulher, natural de Madrid, deixa uma poderosa obra, onde se reflete a história social e política de Espanha nos séculos XX e XXI.
Almudena Grandes estudou geografia e história e deu os primeiros passos na literatura a escrever textos para enciclopédias e contos. Durante 40 anos, escreveu também romances e artigos no El País, que nunca deixou de produzir, mesmo numa fase avançada da doença.
O primeiro romance erótico que lançou "As idades de Lulu", em 1989, valeu-lhe um prémio da literatura espanhola intitulado de "Prémio La Sonrisa Vertical". O livro é um sucesso, conhecido por ter uma escrita forte, carregada de erotismo, libertinagem e personagens abalados pelo desejo.
O primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, lamentou a morte da escritora destacando a sua "perspetiva progressista".
Na sua conta oficial na plataforma Twitter, o chefe do Governo escreveu: "Perdemos uma das principais escritoras do nosso tempo (...) empenhada e corajosa, que narrou a nossa história recente de um ponto de vista progressista. A sua memória, o seu trabalho, estará sempre connosco, Almudena Grandes".
Colaboradora regular dos jornais e dos 'media', em 10 de outubro anunciou na sua coluna regular no El País que sofria de cancro, diagnosticado em setembro do ano passado, que foi a causa da sua morte na sua casa em Madrid.
A autora tem três obras publicadas em Portugal: "Os doentes do doutor García", de 1999, "Castelos de cartão", de 2007, e "Os ares difíceis", de 2008
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